Na última sexta-feira (18), o dólar comercial fechou com variação de +0,61%, valendo R$5,5790, após ter começado o dia cotado a R$5,5475.
O dólar iniciou esta segunda-feira (21) cotado a R$5,5790.
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Agenda de hoje – segunda, 21 de julho de 2025
Exterior
- 11h00 – EUA – Índice de Indicadores Antecedentes (jun)
Brasil
- 08h25 – Bacen: Boletim Focus (semanal)
- 15h00 – Secex: Balança Comercial (semanal)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última sexta (18), o dólar comercial (compra) fechou com alta de 0,7%, cotado a R$5,5640, após ter começado o dia cotado a R$5,5870.
O que influencia o dólar hoje?
Em primeiro lugar, o dólar hoje inicia a semana refletindo o nervosismo dos mercados globais. Investidores acompanham os desdobramentos da guerra tarifária entre EUA e União Europeia, com rumores de novas taxações de até 20% por parte do governo Trump.
No Japão, o resultado das eleições parlamentares adiciona mais incerteza ao cenário geopolítico. A coalizão do primeiro-ministro Ishiba perdeu a maioria, e isso pode atrapalhar as negociações comerciais com Washington.
Na China, o banco central manteve os juros inalterados, como esperado, sinalizando continuidade da política monetária expansionista. A medida animou os mercados asiáticos, mas não dissipou completamente o clima de cautela.
No Brasil, a falta de acordo com os EUA mantém a expectativa de tarifas de 50% a partir de agosto. Esse ambiente de pressão externa tende a manter o câmbio volátil ao longo do dia.
Acompanhe a seguir os principais fatores que explicam o movimento do dólar hoje.
Wall Street aguarda resultados e teme nova tarifa dos EUA
Em segundo lugar, os índices futuros de Nova York operam em alta nesta segunda-feira, em meio à expectativa pelos balanços de grandes empresas. O Dow Jones futuro sobe 0,3%, o S&P500 avança 0,2% e o Nasdaq 100 registra alta de 0,3%.
Apesar da leve recuperação, o clima nos mercados segue pressionado pela possibilidade de novas tarifas dos EUA sobre produtos europeus, que podem chegar a 20%, segundo rumores na imprensa americana.
Na sexta-feira, os índices fecharam com variações modestas, diante do aumento da aversão ao risco. O governo Trump voltou a mirar a Europa como alvo na guerra tarifária, aumentando a cautela dos investidores.
Além disso, dados de sentimento do consumidor americano surpreenderam positivamente, o que pode influenciar as apostas sobre os próximos passos do Fed.
Japão entra em impasse político após derrota do governo
Em terceiro lugar, a coalizão governista do Japão perdeu a maioria no Senado, segundo informou a emissora NHK. O revés eleitoral enfraquece o primeiro-ministro Shigeru Ishiba e aumenta a incerteza em relação à condução da política externa.
Ishiba afirmou que seguirá no cargo, mas enfrenta crescente pressão interna para renunciar, o que pode travar negociações comerciais em curso com os EUA.
O premiê mencionou conversas recentes com Trump sobre tarifas, indicando que os diálogos “chegaram ao limite”. A mudança no cenário político japonês traz novas dúvidas para os mercados.
Juros estáveis na China animam bolsas asiáticas
O Banco Popular da China manteve as taxas básicas de juros nesta segunda-feira, como já era amplamente antecipado pelo mercado.
A decisão foi bem recebida pelos investidores, que interpretam o movimento como sinal de continuidade da política de estímulo, mesmo diante de sinais de desaceleração econômica.
Os principais índices chineses fecharam em alta: o CSI 300 subiu 0,7% e o Shanghai Composite também avançou 0,7%. O Hang Seng, de Hong Kong, registrou alta de 0,6%.
O mercado aposta que o banco central continuará com medidas de suporte à economia, inclusive com espaço para cortes adicionais nos juros, se necessário.
Impasse com os EUA mantém pressão sobre o Brasil
Por fim, no Brasil, o impasse tarifário com os EUA continua. Ainda não há acordo que evite as tarifas de 50% anunciadas por Trump, que devem entrar em vigor no dia 1º de agosto.
A diplomacia brasileira resiste a atender às exigências políticas impostas por Washington, que envolvem temas sensíveis como o funcionamento do Judiciário nacional.
Em conclusão, a ausência de entendimento eleva a tensão nos mercados e adiciona mais um fator de pressão sobre o câmbio. A expectativa é de que a volatilidade continue elevada enquanto não houver um desfecho nas negociações.