Super-Quarta (30)

Dólar hoje oscila com expectativa por decisões do Fed e do Copom

Mercados atentos às decisões do Fed e Copom, enquanto indicadores econômicos dos EUA e Brasil moldam expectativas para política monetária e cotação do dólar

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Dólar hoje
Dólar e euro oscilam enquanto mercados aguardam decisões dos bancos centrais | Crédito: Reprodução

Na última terça-feira (29), o dólar comercial fechou com queda de 0,3%, atingindo R$5,5747, após iniciar o dia cotado a R$5,5893.

Nesta quarta-feira (30), a moeda americana começou o dia mantendo a cotação de R$5,5747.

Acompanhe nossa análise diária a seguir.

📈Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – quarta, 30 de julho de 2025

Exterior

  • 05h00 – Alemanha – PIB (Q2)
  • 06h00 – Zona do Euro – PIB (Q2)
  • 09h15 – EUA – Variação de Empregos Privados ADP (jul)
  • 09h30 – EUA – PIB (Q2)
  • 15h00 – EUA – Decisão de política monetária
  • 22h30 – China – Índice PMI Composto (jul)

Brasil

  • 08h00 – FGV: IGP-M (jul)
  • 14h30 – Bacen: Fluxo Cambial Estrangeiro (semanal)
  • 18h30 – Bacen: Decisão de política monetária

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na última terça (29), o dólar comercial (compra) recuou 0,4%, fechando a R$5,5690, depois de ter iniciado as negociações a R$5,6030.

O que influencia o dólar hoje?

O dólar hoje opera com volatilidade, principalmente devido à expectativa dos mercados sobre as decisões do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil. Ambas as instituições divulgam suas decisões nesta quarta-feira.

Além disso, dados relevantes entram no radar dos investidores, como o PIB americano e o relatório de emprego da ADP. No Brasil, o novo recuo do IGP-M fortalece o debate sobre o ciclo de cortes na Selic.

A fim de entender melhor os principais fatores que movimentam o dólar hoje e o que poderá influenciar a moeda nos próximos dias, siga nossa análise completa.

Bolsas americanas oscilam com agenda carregada

Os futuros dos principais índices de Wall Street apontam leve alta nesta manhã, após uma sessão marcada pela realização de lucros.

Por um lado, o Dow Jones opera estável. Por outro lado, S&P 500 e Nasdaq 100 sobem 0,1% e 0,2%, respectivamente. Ontem, os índices recuaram após renovarem máximas históricas, sinalizando cautela antes da decisão do Fed.

Apesar do viés positivo, o mercado ainda demonstra incerteza quanto ao rumo da política monetária nos EUA e, acima de tudo, aos impactos das tarifas comerciais propostas por Trump.

PIB e mercado de trabalho movimentam apostas

A agenda americana traz hoje a prévia do PIB do segundo trimestre, com projeção de crescimento anualizado de 2,5%, revertendo a retração observada anteriormente.

Além disso, será divulgado o relatório ADP, que deverá mostrar a geração de 77 mil empregos, recuperando-se após queda de 33 mil em junho.

Sem dúvida, esses dados são essenciais para compreender a força da economia americana e antecipar os próximos passos do Fed.

Em contrapartida, indicadores recentes mostram confiança do consumidor em alta, mas uma leve desaceleração na criação de vagas, o que pode abrir espaço para cortes de juros no futuro próximo.

Fed deve manter juros, mas tom será decisivo

O Federal Reserve encerra hoje sua reunião de política monetária. A expectativa majoritária aponta para a manutenção da taxa entre 4,25% e 4,5%.

Por causa das incertezas trazidas pela guerra tarifária, os dirigentes têm sinalizado prudência. O temor é que os novos impostos elevem a inflação e, ao mesmo tempo, desacelerem o crescimento econômico.

A inflação segue moderada, no entanto, empresas já indicam repasse de custos. Powell tem resistido às pressões de Trump por cortes, mantendo o foco na estabilidade dos preços.

Por fim, a decisão e o discurso do presidente do Fed serão cruciais para calibrar as apostas futuras do mercado e o comportamento do dólar.

Copom deve manter Selic em 15%, mirando 2026

No Brasil, o Copom deve manter a Selic em 15% nesta reunião, reforçando uma abordagem cautelosa diante de um cenário ainda incerto.

Embora núcleos de inflação tenham recuado e, em princípio, a tarifa dos EUA possa ter efeito deflacionário no país, o Banco Central deve aguardar mais clareza antes de iniciar os cortes.

Parte do mercado ainda especula a possibilidade de corte em dezembro. Não obstante, a maioria espera início do ciclo apenas em 2026.

É provável que o IGP-M, que caiu 0,77% em julho, influencie positivamente. O índice é sensível à variação cambial e aos preços no atacado. O recuo nos IGPs é mais um indício de que os riscos inflacionários de curto e médio prazo estão se dissipando.