O dólar iniciou esta terça-feira (05) cotado a R$5,4988.
Na última segunda-feira (04), o dólar comercial fechou com queda de 0,8%, atingindo R$5,4988, depois de ter aberto o dia a R$5,5421.
Acompanhe nossa análise diária a seguir.
Agenda de hoje – terça, 05 de agosto de 2025
Exterior
- 04h55 – Alemanha – Índice PMI composto (jul)
- 05h00 – Zona do Euro – Índice PMI composto (jul)
- 05h30 – Reino Unido – Índice PMI composto (jul)
- 06h00 – Zona do Euro – Índice de preços ao produtor (jun)
- 09h30 – EUA – Balança comercial (jun)
- 10h45 – EUA – Índice PMI composto (jul)
Brasil
- 08h00 – BC: Ata do Copom
- 10h00 – S&P Global: Índice PMI de serviços (jul)
- 10h00 – S&P Global: Índice PMI composto (jul)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última segunda (04), o dólar comercial recuou 0,7%, fechando a R$5,5060, após ter iniciado as negociações a R$5,5380.
O que influencia o dólar hoje?
O dólar mantém volatilidade hoje, uma vez que o mercado internacional reage ao aumento das apostas em cortes de juros nos EUA já em setembro. No entanto, o alívio monetário contrasta com a crescente tensão comercial liderada por Trump.
A terça-feira começou, além disso, com dados positivos da China, onde o setor de serviços avançou além do esperado. Como resultado, as economias emergentes ganharam certo otimismo.
Em contrapartida, no Brasil, o governo aciona a OMC contra o tarifaço dos EUA, a fim de defender a competitividade dos produtos nacionais.
Confira a seguir os fatores que impactam diretamente o câmbio hoje.
Apostas em corte de juros nos EUA impulsionam sentimento nos mercados
Os índices futuros em Wall Street operam sem direção clara nesta terça-feira. Nesse sentido, o mercado digere tanto os lucros corporativos positivos quanto a forte expectativa por cortes nas taxas de juros.
De acordo com o CME FedWatch, as chances de um corte em setembro saltaram para 94%, bem acima dos 63% da semana passada. Esse movimento não apenas impulsiona ativos de risco, mas também pressiona o dólar globalmente.
Os investidores agora precificam dois cortes até o fim do ano, o que afeta diretamente os fluxos para países emergentes como o Brasil.
Nos EUA, destaque para índice ISM de serviços
Com uma agenda mais leve nesta semana, o foco nos Estados Unidos recai sobre o índice ISM de serviços.
A expectativa aponta para leve avanço, de 50,8 para 51,5 em julho. Por certo, uma leitura acima de 50 indica expansão do setor.
Visto que os serviços representam mais de dois terços da economia americana, esse dado pode reforçar a percepção de que a atividade permanece resiliente.
Trump eleva tensão e ameaça tarifas contra Índia por petróleo russo
Donald Trump intensificou a retórica comercial. Na segunda-feira, ele ameaçou impor tarifas mais altas sobre produtos indianos, criticando as compras de petróleo russo feitas por Nova Délhi.
As ameaças surgem em meio ao fracasso das negociações por cessar-fogo na Ucrânia e, além disso, ao endurecimento das relações com países do Brics.
Apesar da pressão, a Índia afirmou que continuará comprando petróleo da Rússia, citando não apenas razões econômicas, mas também laços históricos.
DIs recuam com cenário externo mais favorável
Os juros futuros encerraram a segunda-feira em queda em toda a curva. Em outras palavras, a ampliação das apostas em cortes de juros nos EUA aliviou a pressão sobre a curva brasileira.
Com um ambiente internacional mais benigno, o mercado local ganha espaço para antecipar movimentos de afrouxamento monetário.
Essa dinâmica, sem dúvida, também pode influenciar a trajetória do câmbio, tornando o real mais atrativo no curto prazo.
Mercado local acompanha ata do Copom e PMI de serviços
Os investidores brasileiros acompanham hoje a divulgação da ata da última reunião do Copom, em busca de pistas sobre os próximos passos da política monetária.
O BC manteve a Selic em 15% ao ano, porém o mercado espera detalhes sobre a decisão e o tom adotado pelos diretores, considerando o cenário de inflação e atividade fraca.
Também será divulgado o PMI de serviços de junho, com expectativa de melhora. Em maio, o índice subiu para 49,6 pontos, ainda assim permanecendo abaixo da linha que separa expansão de contração.
A leitura anterior já havia sinalizado perda de ritmo na economia, reforçada pela queda do PMI composto para 49,1 pontos, puxado também pelo fraco desempenho da indústria.
Agora, o foco está na combinação entre juros altos e desaceleração da atividade, o que pode pressionar tanto o governo a buscar estímulos quanto o BC a revisar sua estratégia.
Brasil aciona a OMC contra tarifaço de Trump
O governo brasileiro oficializou nesta terça-feira o início de um processo na OMC contra tarifas impostas pelos EUA a produtos nacionais.
A decisão foi publicada no Diário Oficial e autoriza o Itamaraty a recorrer ao mecanismo de solução de controvérsias da entidade.
A medida responde diretamente ao tarifaço anunciado por Trump, que ameaça exportações estratégicas brasileiras.
Apesar da ação, analistas destacam que o processo é longo e, por isso, pode ter pouco efeito prático, já que o órgão de apelação da OMC está paralisado desde 2019.
PMI de serviços da China surpreende e reforça otimismo com exportações
A atividade de serviços na China acelerou em julho, alcançando o maior ritmo em 14 meses. De fato, o PMI da S&P Global subiu para 52,6, impulsionado pelo crescimento dos novos pedidos de exportação.
A melhora sinaliza demanda mais firme, especialmente entre empresas menores e voltadas ao comércio internacional.
O dado contrasta com o PMI industrial, que mostrou recuo devido à demanda oscilante no setor. Em suma, o PMI Composto caiu, indicando que a recuperação ainda é desigual entre os diversos setores.