Segunda-feira (11)

Dólar hoje opera com recordes em Wall Street e projeções do Focus no radar

Mercado aguarda boletim Focus e monitora acordo entre gigantes de tecnologia com governo americano para exportação de chips avançados à China

Dólar hoje
Dólar opera em alta com recordes nas bolsas dos EUA e expectativas de corte nos juros pelo Fed enquanto Brasil e China fortalecem parceria comercial | Crédito: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O dólar hoje iniciou esta segunda-feira (11) cotado a R$5,4340.

Na última sexta-feira (08), o dólar comercial fechou com variação de +0,2%, valendo R$5,4340, após ter começado o dia cotado a R$5,4236.

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Agenda de hoje – segunda, 11 de agosto de 2025

Exterior

  • 20h00 – Reino Unido – Vendas no Varejo do BRC (jul)

Brasil

  • 08h25 – Bacen: Boletim Focus (semanal)
  • 15h00 – Secex: Balança comercial (semanal)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na última sexta (08), o dólar comercial (compra) fechou com alta de 0,2%, cotado a R$5,4360, após ter começado o dia cotado a R$5,4280.

O que influencia o dólar hoje?

O dólar hoje começa a semana influenciado pelo otimismo nas bolsas globais. Além disso, as expectativas em torno da política monetária dos EUA também afetam a moeda.

Recordes no Nasdaq e no S&P 500 impulsionam o apetite por risco nos mercados. Sem dúvida, as empresas de tecnologia lideram este movimento.

No cenário doméstico, o boletim Focus traz novas projeções para inflação, juros e comércio exterior. Ao mesmo tempo, as relações comerciais Brasil-China ganham destaque.

O movimento do câmbio será moldado pela combinação entre fatores externos e internos. Em resumo, acompanhe os principais pontos a fim de entender o que pode mexer com o dólar hoje.

Bolsas sobem com rali da Apple e apostas em corte de juros

Às 7h30, os futuros de Nova York avançavam: Dow Jones +0,2%, S&P 500 +0,2% e Nasdaq 100 +0,2%.

O Nasdaq Composite atingiu nova máxima histórica. Por exemplo, a Apple saltou mais de 13% na semana passada — maior avanço desde 2020.

As expectativas de cortes de juros em setembro reforçam este desempenho. Isso ocorre uma vez que o mercado de trabalho nos EUA mostra sinais de desaquecimento.

Nvidia e AMD aceitam repassar receita para exportar à China

Nvidia e AMD fecharam acordo para repassar 15% da receita das vendas de chips na China ao governo dos EUA. Em contrapartida, receberão licenças de exportação.

A medida, inédita, permitirá comercializar modelos como o H20 (Nvidia) e o MI308 (AMD) no mercado chinês. No entanto, críticas sobre riscos à segurança nacional persistem.

O movimento ocorre em meio a tensões comerciais entre Washington e Pequim. Dessa forma, as negociações seguem sensíveis.

Fed dividido e pressão política por cortes de juros

O Fed enfrenta crescente pressão interna para cortar juros ainda este ano, apesar do discurso cauteloso.

Dois dirigentes divergiram na reunião de julho e defenderam reduções. Michelle Bowman, por exemplo, citou preocupação com a fragilidade do mercado de trabalho.

Os comentários reforçam o embate com Donald Trump. Não só ele cobra cortes rápidos, como também questiona a independência do banco central.

Brasil e China reforçam parceria para ampliar exportações

A China ampliou as importações de produtos brasileiros como café e carne. Além disso, a ApexBrasil intensifica ações para diversificar o portfólio.

O diálogo entre Lula e Xi Jinping busca mitigar impactos das tarifas dos EUA. Acima de tudo, visa fortalecer laços dentro dos BRICS.

Apesar do avanço, a pauta comercial segue concentrada em commodities. Por isso, novos esforços de diversificação se fazem necessários.

Boletim Focus aponta nova queda na projeção de inflação

No Brasil, o boletim Focus da última semana mostrou redução da projeção de inflação para 2025, de 5,09% para 5,07%. Da mesma forma, houve ajuste para 2026, a 4,43%.

A Selic deve encerrar o ano em 15% e cair para 12,5% no fim de 2026. Isto é, as incertezas geradas pelas tarifas de 50% impostas pelos EUA continuam influenciando.

O mercado também revisou o superávit comercial de 2025 para US$65,25 bilhões. Por fim, reduziu a projeção do PIB de 2026 para 1,88%.