Quinta-feira (07)

Dólar hoje opera com foco em balanços, tarifas e inflação local

Moeda americana recua após dados de inflação local, enquanto investidores avaliam impacto das tarifas americanas sobre exportações brasileiras

Dólar hoje
Dólar opera em queda frente ao real enquanto mercados analisam balanços positivos e implementação de novas tarifas comerciais | Crédito: Unsplash

O dólar hoje (07) iniciou o dia cotado a R$5,4632.

Na última quarta-feira (06), o dólar comercial fechou com queda de 0,8%, valendo R$5,4632. A princípio, a moeda começou o dia cotada a R$5,5081.

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Agenda de hoje – quinta, 07 de agosto de 2025

Exterior

  • 00h06 – China – Balança Comercial (USD) (jul)
  • 03h00 – Alemanha – Produção Industrial (jun)
  • 09h30 – EUA – Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego (semanal)

Brasil

  • 08h00 – FGV: IGP-DI (jul)
  • 09h00 – IBGE: IPP (jun)
  • 11h00 – ANFAVEA: Produção e Venda de Veículos (jul)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na última quarta (06), o dólar comercial (compra) recuou 0,8%, fechando a R$5,4630. Anteriormente, a moeda iniciou o dia a R$5,5060.

O que influencia o dólar hoje?

O dólar hoje apresenta leve queda no exterior. Sem dúvida, este movimento ocorre em um dia marcado por novas tarifas comerciais, balanços corporativos positivos e indicadores econômicos locais.

Nos Estados Unidos, a entrada em vigor de tarifas mais amplas afeta o humor dos mercados. No entanto, os índices futuros sobem com suporte de lucros acima do esperado.

No Brasil, o destaque da agenda é o IGP-DI de julho, que reforçou o cenário de arrefecimento da inflação.

Siga a leitura a fim de entender como esses fatores afetam a cotação da moeda americana nesta quinta-feira.

Futuros em alta com balanços positivos e início da nova rodada de tarifas

Os futuros de Nova York operam em leve alta nesta manhã. Eles reagem ao início das tarifas comerciais e, ao mesmo tempo, à divulgação de resultados sólidos.

Às 7h, o Dow futuro subia 0,1%. Além disso, o S&P 500 ganhava 0,3% e o Nasdaq 100 avançava 0,3%. A Apple e o McDonald’s impulsionaram o mercado na véspera.

A alta reflete um otimismo moderado. Apesar disso, ainda pairam incertezas sobre o novo ambiente tarifário e seus impactos de médio prazo.

Novas tarifas dos EUA entram em vigor e ampliam tensão comercial global

As novas tarifas dos EUA a mais de 90 países passaram a valer nesta quinta. Por certo, as alíquotas variam entre 15% e 50%.

O Brasil é um dos mais impactados. De acordo com a CNI, cerca de 77,8% das exportações brasileiras aos EUA foram atingidas pelas tarifas americanas. Por outro lado, aproximadamente 41% delas estão com taxa de 50%.

Países como Reino Unido, Japão e UE fecharam acordos para conter os danos, aceitando taxas menores. A China permanece sob tarifa de 30%. Além disso, novas medidas sobre semicondutores podem ser anunciadas em breve.

Exportações da China crescem, apesar da queda nos embarques aos EUA

As exportações da China subiram 7,2% em julho na comparação anual, superando os 5,8% de junho, segundo dados oficiais.

Por outro lado, os embarques para os EUA caíram 22% no mesmo período. Isso reflete diretamente as restrições comerciais ainda em vigor.

Mesmo assim, o gigante asiático compensou as perdas. Ele aumentou as vendas para outras regiões, mantendo o setor externo aquecido, apesar da crise imobiliária e do fraco consumo interno.

IGP-DI cai em julho e reforça melhora do cenário inflacionário

O IGP-DI caiu 0,07% em julho, após recuar 1,80% em junho, segundo a FGV. Em síntese, o índice acumula queda de 1,82% no ano e alta de 2,91% em 12 meses.

Com forte peso do atacado e impacto do câmbio, o indicador confirma a tendência de estabilidade nos preços. Essa estabilidade ocorre em meio à desaceleração da economia.

Ainda assim, o Bacen deve manter a Selic em 15% no médio prazo.