Sexta-feira (15)

Dólar hoje opera com alívio em tensões e dados econômicos mistos

Reunião entre Trump e Putin no Alasca gera expectativas sobre possível acordo de paz na Ucrânia, enquanto mercados reagem a dados econômicos mistos

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Dólar hoje
Dólar opera com variações nesta sexta-feira com alívio parcial em tensões globais, enquanto investidores aguardam dados econômicos importantes dos EUA e Brasil | Crédito: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

O dólar hoje iniciou esta sexta-feira (15) cotado a R$5,4160.

Na última quinta-feira (14), o dólar comercial fechou com alta de 0,3%, atingindo R$5,4160, após ter iniciado o dia a R$5,3990.

Acompanhe, a seguir, nossa análise diária.

Agenda de hoje – sexta, 15 de agosto de 2025

Exterior

  • 09h30 – EUA – Vendas no Varejo (jul)
  • 10h15 – EUA – Produção Industrial (jul)

Brasil

  • 11h30 – BC oferta até R$35 mil contratos de swap (US$1,75 bilhão), em rolagem

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na última quinta (14), o dólar comercial (compra) avançou 0,3%, fechando a R$5,4170, depois de iniciar as negociações a R$5,3970.

O que influencia o dólar hoje?

O dólar hoje reflete, acima de tudo, o alívio parcial nas tensões entre EUA e Rússia. Além disso, o mercado aguarda a divulgação de dados econômicos relevantes.

Os investidores acompanham, em primeiro lugar, o avanço das bolsas globais. Em seguida, monitoram o desempenho da economia japonesa. Por fim, avaliam os resultados corporativos no Brasil.

Sem dúvida, o movimento do câmbio permanece sensível a indicadores internacionais e à política monetária dos EUA. Em contrapartida, questões geopolíticas adicionam volatilidade ao cenário.

Confira, a seguir, os principais destaques. Dessa forma, você entenderá como cada evento pode impactar a moeda americana e os mercados nesta sexta.

Encontro entre Trump e Putin no Alasca

Donald Trump e Vladimir Putin se encontram no Alasca nesta sexta-feira a fim de avançar em um acordo de paz na Ucrânia.

O conflito, já com mais de três anos, não apenas afetou cadeias globais, como também elevou preços de commodities. No entanto, a reunião não contará com a presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski.

Trump sinalizou que Putin estaria disposto a negociar e, bem como, considerar mudanças territoriais. Por outro lado, alertou para “consequências severas” caso não haja acordo.

Bolsas dos EUA e expectativas sobre juros

Os futuros das bolsas americanas avançam hoje. Porém, perdem força após a divulgação de dados de inflação ao produtor acima do esperado em julho.

O S&P 500 atingiu recorde de fechamento ontem. Em contrapartida, Dow Jones e Nasdaq recuaram levemente.

Nesse sentido, o mercado agora precifica majoritariamente um corte de 25 pontos-base pelo Fed em setembro, descartando cortes mais agressivos no curto prazo.

PIB do Japão surpreende e mantém ritmo de alta

A economia japonesa cresceu 1% no 2º trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Como resultado, superou as expectativas e marcou o quinto trimestre consecutivo de avanço.

Exportações fortes, especialmente no setor automotivo, compensaram o impacto das tarifas americanas.

É provável, no entanto, que o cenário global incerto e as tensões comerciais dificultem a manutenção desse desempenho.

Lucro do Banco do Brasil cai 60% no 2º trimestre

O Banco do Brasil reportou lucro líquido ajustado de R$3,8 bilhões, 60% menor que no ano passado e abaixo das projeções.

O ROE caiu para 8,4% devido a provisões maiores. Isto é, houve aumento nas provisões especialmente no crédito agro e para pequenas e médias empresas.

Com guidance reduzido e payout menor, as ações podem enfrentar volatilidade, dependendo das perspectivas apresentadas pela gestão.