
Indicadores econômicos e decisões políticas moldam o dólar hoje. A divulgação do IPCA e as propostas de ajuste fiscal estão no centro das atenções.
📈 Cotação do dólar em tempo real
Compreender esses elementos é crucial para quem acompanha a moeda. Pequenas mudanças podem gerar grandes impactos no cenário cambial e econômico.
Neste artigo, exploraremos os pontos-chave que ditam a variação do dólar hoje. Convidamos você a seguir a leitura e entender o panorama completo.
Qual é o valor do dólar hoje?
O dólar comercial abriu esta terça-feira (10) cotado a R$5,5588.
Em contrapartida, na última segunda-feira (09), o dólar comercial fechou o pregão em relativa estabilidade, valendo R$5,5588, após ter começado o dia cotado a R$5,5629.
Inflação em foco: o IPCA de maio e seus reflexos no mercado
No momento em que o IBGE divulga hoje o IPCA de maio, índice que mede a inflação, o mercado aguarda os dados com atenção, visto que a inflação impacta diretamente a política monetária.
Em abril, o IPCA subiu 0,43%, uma desaceleração em relação a março. Além disso, no acumulado de 12 meses, a alta é de 5,53%, refletindo a persistência das pressões inflacionárias.
Sem dúvida, o dado ganha ainda mais relevância, tendo em vista que a decisão do Copom ocorre na próxima semana. Nesse sentido, o mercado segue dividido entre uma nova alta de 0,25% ou estabilidade e o IPCA de maio pode ser uma sinalização para qual decisão será tomada.
Pacote fiscal do governo Lula: mudanças tributárias e o impacto no câmbio
A princípio, o governo propôs um novo pacote fiscal para compensar a rejeição do IOF. Entre as medidas, destaca-se o aumento do IR sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) de 15% para 20%.
Bem como outra proposta é a elevação da CSLL para instituições financeiras, de 9% para 15%. Dessa forma, essas mudanças visam aumentar a arrecadação e ainda dependem de formalização.
Por certo, as medidas precisam ser avaliadas pelo Congresso, todavia, a recepção do mercado foi relativamente tranquila, mesmo com alguma repercussão negativa da taxação de LCI e LCA.
Em suma, a demanda principal era garantir reversão de grande parte da medida relacionada ao IOF e isto foi alcançado.
Pressão orçamentária: o peso dos gastos obrigatórios no Orçamento
Em primeiro lugar, o governo apresentou aos parlamentares um panorama dos gastos. Destaque para despesas como BPC, Fundeb e fundos de participação de Estados e municípios (FPE e FPM).
Por outro lado, essas despesas são pressionadas pela elevação na concessão de benefícios. A ampliação de repasses da União para fundos também contribui para o aumento dos gastos.
Como resultado, o objetivo é mostrar que essas medidas tiram espaço para gastos discricionários. Isso prejudica a gestão orçamentária e pode influenciar a percepção de risco fiscal, impactando o câmbio.
Governo propõe corte e governança para reduzir benefícios fiscais
A Fazenda apresentou duas alternativas para reduzir os benefícios fiscais. Uma delas é o corte linear de um amplo conjunto de incentivos fiscais.
Em outras palavras, a construção de uma governança para regulamentar a redução do gasto tributário. A ordem constitucional atual é considerada inócua, pois não detalha como operar a diminuição.
Assim sendo, a proposta de corte listaria as possibilidades de diminuição por tipo de benefício. Isso exigiria a alteração de leis específicas para cada caso.
No entanto, alguns benefícios não seriam afetados, como o Simples e a Zona Franca de Manaus. Para a governança, discute-se um Comitê de Gestão para Benefícios Tributários.
Por fim, esse comitê avaliaria concessão, ampliação e renovação dos benefícios. O objetivo é tornar a redução do gasto tributário mais efetiva e transparente.