Dólar hoje
Na quinta-feira (09), o dólar comercial fechou com variação de 0,8%, valendo R$5,3790, após ter começado o dia cotado a R$5,3360.

Na quinta-feira (09), o dólar comercial fechou com variação de 0,8%, valendo R$5,3790, após ter começado o dia cotado a R$5,3360.

O dólar iniciou esta sexta-feira (10) cotado a R$5,3786.

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Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – sexta, 10 de outubro de 2025

Exterior

  • 11h00 – EUA – Índice de Sentimento do Consumidor (out)
  • 11h00 – EUA – Expectativas de inflação (out)

Brasil

  • 09h00 – IBGE: Produção industrial regional (ago)
  • 09h00 – IBGE: Índice de preços ao produtor (ago)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na quinta (09), o dólar comercial (compra) fechou com variação de 0,6%, cotado a R$5,3745, após ter começado o dia cotado a R$5,3435.

O que influencia o dólar hoje?

A semana começou sob o signo da cautela, com o noticiário econômico refletindo tensões em múltiplas frentes. No exterior, investidores reagem à desaceleração nos EUA e à rigidez regulatória da China. No Brasil, as discussões fiscais e tributárias voltam ao centro do debate político.

O ambiente internacional mostra apetite reduzido por risco, enquanto o doméstico segue pressionado por indefinições sobre arrecadação e gastos. A conjunção desses fatores mantém o real vulnerável, mesmo com alívio pontual nas commodities.

Com o Fed ainda vigilante e Brasília dividida, o cenário indica que a volatilidade deve seguir predominando nos mercados locais e globais.

Riscos externos ainda pesam sobre o humor do mercado

As bolsas do Ocidente abriram esta sexta em queda, influenciadas pela piora nos rendimentos dos Treasuries e pela queda do petróleo. O viés negativo também atinge a Europa, onde investidores reagem à fragilidade da economia francesa.

Na Ásia, a China endureceu regras sobre exportação de terras raras, o que adicionou pressão sobre o setor de mineração e elevou a percepção de risco de oferta global. Esse movimento ocorre em meio a uma busca por equilíbrio em meio à desaceleração industrial do país.

Nos EUA, o mercado monitora os dados da Universidade de Michigan sobre confiança do consumidor e inflação esperada, fatores cruciais para calibrar as apostas sobre cortes de juros no primeiro trimestre de 2026.

Política monetária e expectativas nos EUA

A divulgação das expectativas de inflação nos EUA e as falas de dirigentes do Fed têm impacto direto nas curvas de juros globais. O mercado busca clareza sobre a trajetória de cortes, especialmente após sinais mistos na economia americana.

A paralisação parcial do governo dos EUA adiciona incerteza fiscal e pode afetar dados econômicos importantes, prejudicando a leitura do cenário de curto prazo. Em meio a isso, o petróleo em queda reforça a percepção de menor risco inflacionário.

Os investidores esperam um discurso mais equilibrado do Fed, mas sem abrir mão da postura de cautela, o que limita o espaço para valorização dos ativos de risco.

No Brasil, o fiscal e a inflação continuam no radar do mercado

No Brasil, o Ibovespa tenta sustentar alta com o apoio das commodities, mas o ambiente político e fiscal pesa. A indefinição em Nova York adiciona risco externo, enquanto a queda do petróleo pode pressionar o real.

As discussões sobre aumento do IOF e a tributação das apostas esportivas mostram o esforço do governo em recompor receitas, após a derrubada da MP que previa ajustes fiscais. O tema volta à pauta com novo projeto apresentado pela base governista. Desta vez, há a intenção de impor um imposto de 24% sobre as bets.

Além da agenda econômica, o ruído eleitoral e a incerteza sobre o equilíbrio fiscal seguem dominando a percepção de risco do mercado, dificultando a recuperação mais consistente da curva de juros.

Desdobramentos políticos domésticos

A presença de Lula em evento de crédito imobiliário em São Paulo sinaliza tentativa de retomada da agenda de crescimento. A presença de Haddad e Galípolo reforça o tom de coordenação econômica, em meio às tensões políticas.

O recuo de Haddad em participar das reuniões do FMI e Banco Mundial mostra foco nas articulações internas para destravar medidas fiscais e lidar com resistências no Congresso. A pressão da base aliada limita o espaço para medidas impopulares.

O governo tenta equilibrar estímulo econômico e responsabilidade fiscal, mas enfrenta resistência de setores empresariais e parlamentares, o que retarda a consolidação de uma narrativa macro coerente.

Impactos esperados no mercado de câmbio e de commodities

A valorização do minério de ferro pode trazer algum suporte ao Ibovespa, mas o movimento é limitado. O dólar ainda se mantém forte diante de moedas emergentes, refletindo o ambiente global mais cauteloso.

A queda do petróleo tende a aliviar expectativas inflacionárias, porém pode reduzir receitas de exportação e afetar o saldo comercial brasileiro.

Mesmo com alívio pontual, a combinação de incerteza fiscal doméstica e desaceleração global mantém o cenário desafiador para os ativos brasileiros.