
Os mercados financeiros enfrentam a quarta-feira sob forte influência de fatores fiscais, políticos e geopolíticos. O dólar hoje reage a falas de dirigentes do Fed e do Banco Central, além da agenda do presidente Lula em Brasília.
Em primeiro lugar, no exterior, a tensão ligada ao déficit dos EUA e a política de juros americanos dominam as mesas. O Governo americano busca formas de ganhar mais espaço fiscal e diminuir as tensões no mercado
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Além disso, o petróleo avança com o impasse sobre o Irã, enquanto a inflação no Reino Unido surpreende para cima e a libra vai à máxima de em três anos.
No Brasil, o Ibovespa reage ao rebaixamento da Azul (AZUL4), à expectativa sobre juros e à divulgação iminente do relatório bimestral de receitas e despesas primárias pelo Ministério da Fazenda.
A seguir, veja o que pode mexer com o dólar hoje nos mercados local e global.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar iniciou esta quarta-feira (21) cotado a R$5,6628.
Em segundo lugar, o dólar comercial fechou a terça-feira (20) com variação de 0,3%, valendo R$5,6638, após ter começado o dia cotado a R$5,6466.
No exterior
Em terceiro lugar, os mercados operam sob cautela, com os juros dos Treasuries subindo diante da preocupação fiscal nos EUA. Investidores aguardam um leilão de T-bonds e o discurso de Thomas Barkin, dirigente do Fed.
Mary Daly, de San Francisco, alertou sobre os riscos inflacionários. Raphael Bostic, de Atlanta, reforçou que paciência ainda é necessária. Já Beth Hammack, do Fed de Cleveland, sugeriu que surpresas na inflação podem exigir ação.
Além disso, na Europa, a libra avança após a inflação do Reino Unido surpreender para cima. A inflação subiu a 3,5% no acumulado em 12 meses, ficando acima das expectativas do mercado, que esperava por uma variação mais branda, de 3,3%. A alta mensal foi de 1,2%.
O petróleo, por sua vez, sobre com o impasse nuclear entre Israel e Irã, com relatos de que Israel pode atacar instalações no país.
Por aqui…
O Ibovespa tende à volatilidade diante da queda das bolsas internacionais, além do impacto de commodities e notícias corporativas. O ADR da Petrobras (PETR4) sobe, mas o da Vale cai.
Investidores acompanham o rebaixamento da Azul (AZUL4) pela S&P. Enquanto também precificam os resultados potenciais da reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO) nesta quinta. A curva de juros também é monitorada, com o dólar hoje reagindo a essa combinação de fatores locais, juntamente com externos.
Há expectativa de anúncios de novas medidas sociais, como um possível ressarcimento antecipado a aposentados afetados por fraudes no INSS.
A JEO também discute medidas para o déficit de 2025 e 2026.
Agenda
Finalmente, entre os destaques desta quarta-feira estão as falas de Gilneu Vivan (às 9h) e Nilton David (às 18h), ambos do Banco Central. Às 14h30 saem os dados semanais de fluxo cambial.
O presidente Lula tem encontros com o presidente do Senado, com o ministro Alexandre Silveira e líderes no Congresso. A reunião da JEO será na quinta-feira.
No exterior, além das falas de dirigentes do Fed, também está prevista a divulgação dos estoques semanais de petróleo nos EUA. No Canadá, prossegue a reunião de ministros do G7.
Hoje – quarta, 21 de maio de 2025
Exterior
- 03h00 – Reino Unido – Índice de preços ao consumidor (abr)
- 11h30 – EUA – Estoques de petróleo bruto (semanal)
- 21h30 – Japão – Índice PMI composto preliminar (mai)
Brasil
- 14h30 – BC: Fluxo cambial (semanal)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Por fim, na última terça (20), o dólar comercial (compra) fechou com alta de 0,2%, cotado a R$5,6690, após ter começado o dia cotado a R$5,6500. O euro fechou o pregão com alta de 0,6%, cotado a R$6,3940 após ter iniciado o dia em R$6,3530.