Na última quarta-feira (20), o dólar comercial fechou com variação de -0,4%, valendo R$5,4829, após ter começado o dia cotado a R$5,5036.
O dólar iniciou esta quinta-feira (21) cotado a R$5,4829.
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Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – quinta, 21 de agosto de 2025
Exterior
- 05h00 – Zona do Euro – PMI Composto (ago)
- 09h30 – EUA – Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego (semanal)
- 09h30 – EUA – Exportação de grãos (ago)
- 10h45 – EUA – PMI de indústria (ago)
- 10h45 – EUA – PMI de serviços (ago)
- 11h00 – EUA – Moradias usadas (jul)
- 21h00 – EUA – Simpósio de Jackson Hole
Brasil
- 10h30 – Receita Federal: Arrecadação Tributária (jul)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última quarta (20), o dólar comercial (compra) fechou com queda de 0,5%, cotado a R$5,4730, após ter começado o dia cotado a R$5,4990.
O que influencia o dólar hoje?
O dólar hoje segue sob influência direta do cenário internacional. O simpósio de Jackson Hole, que começa nesta quinta-feira em Wyoming, concentra as atenções do mercado, especialmente diante do aguardado discurso de Jerome Powell na sexta-feira.
As expectativas de corte de juros em setembro continuam no radar dos investidores, após sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho norte-americano. Ao mesmo tempo, cresce a tensão política em torno do Federal Reserve, em meio às críticas do presidente Donald Trump.
No Brasil, o investidor acompanha a divulgação da arrecadação de julho pela Receita Federal, indicador importante para medir a saúde fiscal do país. A cautela predomina, e o cenário internacional deve seguir como principal vetor da cotação.
Jackson Hole: Powell e as expectativas do mercado
Tem início nesta quinta-feira o aguardado simpósio de Jackson Hole, encontro anual que reúne líderes do Federal Reserve e autoridades monetárias de todo o mundo.
O destaque será o discurso de Jerome Powell, marcado para sexta-feira. Este será seu último como presidente do Fed, e os investidores buscam sinais sobre a reunião de setembro.
No momento, cerca de 80% do mercado aposta em corte de 0,25 ponto percentual nos juros, um pouco abaixo dos 84% registrados no dia anterior.
A fala de Powell também pode funcionar como um balanço de sua gestão, marcada por críticas de Donald Trump à condução da política monetária.
A pressão política ganhou força após o episódio envolvendo Lisa Cook, governadora do Fed, que foi alvo de questionamentos após denúncias sobre hipotecas em seu nome.
Wall Street à espera de dados e de fala do Fed
Os índices futuros de Nova York registravam queda leve nesta quinta-feira, refletindo cautela antes da abertura oficial do simpósio de Jackson Hole.
Na véspera, o Dow Jones subiu levemente, enquanto S&P 500 e Nasdaq acumularam perdas. O índice amplo já soma quatro quedas seguidas, pressionado por empresas de tecnologia.
A ata do Fed reforçou a percepção de que a maioria dos dirigentes prefere manter juros entre 4,25% e 4,50%. Dois membros votaram por corte, mas ficaram isolados.
Ainda hoje, saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego, além dos números de vendas de imóveis usados em julho e o índice de atividade da Filadélfia.
Petróleo em alta com queda nos estoques nos EUA
Os preços do petróleo avançam nesta quinta-feira, sustentados por sinais de demanda aquecida nos Estados Unidos.
O Brent sobe 0,89%, cotado a US$67,39, enquanto o WTI avança 0,82%, para US$63,27. Ambos já haviam registrado ganhos acima de 1% na sessão anterior.
De acordo com a EIA, os estoques de petróleo bruto caíram 6 milhões de barris na semana passada. Os de gasolina recuaram 2,7 milhões, números acima do esperado.
O movimento reflete consumo firme no auge da temporada de verão do hemisfério norte, período em que a demanda por combustíveis tende a ser mais intensa.
Arrecadação federal e cenário fiscal no Brasil
No Brasil, a Receita Federal divulga às 10h30 o resultado da arrecadação de julho, junto com o acumulado de 2025.
Logo depois, às 11h, os auditores Claudemir Malaquias e Marcelo Gomide comentam os números em coletiva, trazendo detalhes sobre os principais vetores da receita.
O dado é acompanhado de perto pelo mercado por indicar a sustentabilidade das contas públicas, especialmente em meio ao debate fiscal no país.