Segunda-feira (28)

Dólar hoje: investidores reagem a acordos comerciais e semana cheia de eventos

Dólar inicia semana reagindo a acordos entre EUA, UE e China, enquanto investidores locais aguardam Boletim Focus e decisão crucial do Copom sobre juros

Dólar hoje
Oscilações do dólar refletem tensões comerciais e expectativas sobre decisão do Copom em semana decisiva para mercados financeiros globais | Crédito: Pexels

Na última sexta-feira (25), o dólar comercial fechou com variação de +0,8%, valendo R$5,5633. A moeda americana começou o dia cotado a R$5,5213.

Nesta segunda-feira (28), o dólar iniciou as negociações cotado a R$5,5633. A fim de acompanhar todas as movimentações, siga nossa análise diária.

Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – segunda, 28 de julho de 2025

Exterior

  • 13h00 – EUA – Leilão Americano Note a 2 anos
  • 13h00 – EUA – Leilão Americano Note a 5 anos

Brasil

  • 08h00 – FGV: INCC-M (julho)
  • 08h25 – Bacen: Boletim Focus (semanal)
  • 08h30 – Bacen: Empréstimos Bancários (jun)
  • 15h00 – Secex: Balança Comercial (semanal)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na última sexta (25), o dólar comercial (compra) avançou 0,75%. A moeda fechou cotada a R$5,5320, após ter iniciado o dia a R$5,5620.

O que influencia o dólar hoje?

O dólar hoje inicia a semana refletindo o alívio proporcionado pelos novos acordos comerciais. Além disso, uma agenda intensa se desenha à frente. Investidores monitoram ativamente os desdobramentos da política tarifária dos EUA. Ao mesmo tempo, acompanham as sinalizações sobre juros nos próximos dias.

Na sexta-feira, o otimismo dominou Wall Street após balanços positivos e menor tensão comercial. Em seguida, o foco se voltou às negociações com China e União Europeia. Tais acordos podem, sem dúvida, redesenhar o panorama do comércio global.

Por aqui, a expectativa gira em torno do Boletim Focus e, acima de tudo, da decisão do Copom na quarta-feira.

O dólar hoje responde a esse cenário de trégua internacional e, em contrapartida, mantém cautela local.

Wall Street avança com alívio comercial e temporada de balanços

Os índices futuros das bolsas americanas iniciaram a semana em alta. Nesse sentido, investidores digerem os recentes acordos comerciais e aguardam novos balanços corporativos.

Às 7h30, os futuros do Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq avançavam entre 0,3% e 0,5%. O clima positivo surge impulsionado pela percepção de maior previsibilidade no cenário internacional.

Na sexta-feira, os índices S&P 500 e Nasdaq renovaram recordes. Assim sendo, o mercado reage bem à sinalização de trégua na política tarifária americana, o que também sustenta o apetite por risco global.

Acordo EUA-UE reduz tensões e abre novo ciclo de investimentos

Neste domingo, o presidente dos EUA anunciou um acordo comercial com a União Europeia. Como resultado, estabeleceu tarifas de 15% sobre produtos europeus.

O pacto envolve também compras bilionárias de energia e equipamentos militares americanos. Destaca-se os US$750 bilhões em energia e US$600 bilhões em aportes prometidos pela UE.

A medida afasta o risco de novas tarifas de até 30% previstas para agosto. Dessa forma, marca uma nova fase nas relações entre os dois blocos econômicos.

Com isso, o dólar hoje opera sob menor pressão, já que o acordo reduz incertezas geopolíticas e, por conseguinte, favorece o comércio global.

EUA e China discutem prorrogação da trégua tarifária

Negociadores dos EUA e da China se reúnem hoje em Estocolmo. O objetivo é discutir a extensão da trégua tarifária por mais 90 dias.

O atual acordo, firmado em maio, expira em 12 de agosto. É provável que as conversas sirvam para alinhar posições, sem avanços imediatos.

O clima é de distensão: Trump afirmou que um novo acordo está próximo. Por outro lado, o governo chinês reiterou sua disposição para o diálogo.

Também pesam na mesa as tarifas americanas ligadas ao combate ao fentanil. Juntamente com isso, a suspensão de restrições a exportações de tecnologia.

Ouro estável, petróleo em alta e Bitcoin sobe

O ouro opera estável nesta manhã. Beneficia-se da leve fraqueza do dólar e, não apenas isso, como também pela busca de proteção em cenário global mais previsível.

O contrato à vista sobe 0,1%, cotado a US$3.340 por onça. Em contrapartida, os futuros de dezembro avançam ao redor de 0,1%.

Com o acordo entre EUA e UE, o petróleo registra ganhos. Isto é, reflete o otimismo com a demanda global. Já o Bitcoin se fortalece, surfando o clima de maior apetite ao risco.

Focus e Copom no radar local

No Brasil, o Boletim Focus deve trazer novas revisões nas projeções de inflação, PIB, câmbio e juros. Isso ocorre após o IPCA-15 de julho superar as expectativas.

A inflação acumulada em 12 meses ficou em 5,30%, ainda acima da meta. No entanto, o Focus anterior já havia estimado IPCA de 5,10% para 2025.

As projeções para a Selic seguem em 15% para este ano. A maioria dos analistas aposta que o Copom manterá o juro inalterado na quarta-feira.

Esses dados ajudam a balizar o comportamento do dólar hoje frente ao real. Por um lado, temos um ambiente mais calmo no exterior. Por outro lado, ainda persiste a cautela no cenário doméstico.