Nesta quinta-feira (14), o dólar hoje começa o dia cotado a R$5,3991. Acompanhe, a seguir, nossa análise diária.
Na última quarta-feira (13), o dólar comercial fechou com variação de +0,2%, valendo R$5,3991. A moeda americana iniciou o dia cotado a R$5,3890.
Agenda de hoje – quinta, 14 de agosto de 2025
Exterior
- 03h00 – Reino Unido – Produção industrial (jun)
- 03h00 – Reino Unido – PIB (2º tri)
- 06h00 – Zona do Euro – PIB (2º tri)
- 06h00 – Zona do Euro – Produção industrial (jun)
- 09h30 – EUA – Novos pedidos de seguro-desemprego (semanal)
- 09h30 – EUA – Índice de preços ao produtor (jul)
- 23h00 – China – Produção industrial (jul)
- 23h00 – China – Vendas no varejo (jul)
Brasil
- 08h00 – FGV: Icomex (jul)
- 09h00 – IBGE: Pesquisa Mensal de Serviços (jun)
- 09h00 – IBGE: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (jul)
- 10h00 – SPE: Prisma Fiscal
- 11h30 – BC: oferta de até 35 mil contratos de swap cambial (US$ 1,75 bilhão), em rolagem
- 14h30 – BC: Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito (2º tri)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última quarta (13), o dólar comercial (compra) avançou 0,3%, encerrando a R$5,4000. No início do dia, a moeda estava cotada a R$5,3910.
O que influencia o dólar hoje?
O dólar oscila hoje diante de um cenário misto. Por um lado, decisões políticas no Brasil impactam o mercado. Por outro lado, indicadores econômicos do exterior pressionam a moeda. Acima de tudo, o pacote “Brasil Soberano” ganha destaque ao liberar R$30 bilhões a fim de amenizar o impacto do tarifaço imposto pelos EUA.
A agenda traz, além disso, dados de serviços do IBGE. Esses números mostrarão se o setor manteve fôlego no meio do ano. Ao mesmo tempo, números de inflação e emprego nos EUA serão decisivos para a política monetária do Fed.
Investidores acompanham, ainda, o recorde do Bitcoin, bem como a movimentação das bolsas internacionais após máximas históricas.
Em suma, o dia promete volatilidade no câmbio e nos ativos de risco.
Pacote Brasil Soberano injeta recursos e apoia exportadores
O governo lançou o pacote “Brasil Soberano”. A iniciativa destina R$9,5 bilhões fora da meta fiscal. O foco recai sobre os setores mais afetados pelo tarifaço dos EUA. A medida provisória abre crédito extraordinário e, dessa forma, prevê apoio a micro, pequenas e grandes empresas exportadoras.
Entre as ações, destacam-se aportes em fundos garantidores, como FGCE, FGI e FGO. Além disso, R$5 bilhões serão destinados ao novo Reintegra, que reembolsa parte dos tributos pagos nas exportações. As alíquotas variam: 6% para pequenas empresas e 3,1% para as demais.
O pacote inclui, por fim, manutenção de empregos como condição para acesso ao crédito. Prevê também compras governamentais de produtos afetados, diferimento de tributos, prorrogação de regimes especiais e abertura de novos mercados.
Haddad projeta inclusão de novos setores e reforço no crédito e seguro
Durante a apresentação do “Brasil Soberano”, Fernando Haddad sinalizou que setores ainda não contemplados poderão ser incluídos. O ministro mencionou, por exemplo, a concorrência agressiva dos EUA em algodão e soja como risco adicional.
Segundo Haddad, o objetivo é garantir fôlego até a reforma tributária prevista para 2027. Ele destacou, em primeiro lugar, a ampliação do crédito para exportadores. Em segundo lugar, apontou o fortalecimento do seguro para o comércio exterior.
O Fundo Garantidor das Exportações receberá mais recursos e, como resultado, o seguro será reforçado. Essa medida beneficiará inclusive micro e pequenas empresas. Desse modo, o desenho busca dar sustentação estrutural ao setor exportador.
Serviços brasileiros seguem em alta e testam novo pico
O IBGE divulga hoje o desempenho do setor de serviços em junho. Em maio, o crescimento foi de 0,1%, acumulando, assim, quatro meses seguidos de alta. O setor alcançou o nível mais alto da série histórica.
O setor está 17,5% acima do nível pré-pandemia e, dessa maneira, empatou com o recorde de outubro de 2024. Na comparação anual, maio registrou avanço de 3,6%, a 14ª alta consecutiva.
O resultado de junho será observado como termômetro do ritmo econômico interno, especialmente diante de juros elevados.
Bolsas dos EUA e Bitcoin mostram alta na véspera
Os futuros dos índices acionários nos EUA recuam levemente nesta quinta-feira. Esse movimento sugere, portanto, uma pausa após duas sessões de recordes.
A tendência segue os ganhos da véspera, impulsionados pela expectativa de corte de juros em setembro.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, reforçou a possibilidade de redução de 0,5 ponto percentual. Ele citou, por certo, revisões para baixo nos dados de emprego como fator de pressão para flexibilização monetária.
Além disso, o Bitcoin atingiu nova máxima histórica nesta quinta-feira. A criptomoeda é sustentada não apenas pela expectativa de juros mais baixos, mas também pela adesão crescente de empresas à estratégia de compra de criptoativos.
Inflação ao produtor e mercado de trabalho no radar
Nos EUA, o índice de preços ao produtor (IPP) de julho deve mostrar leve aceleração. Analistas avaliam se a alta em alguns bens, causada por tarifas, será compensada por custos mais baixos nos serviços.
O mercado acompanhará, ainda, os pedidos iniciais de seguro-desemprego. Apesar da expectativa de estabilidade, o indicador é relevante para confirmar a desaceleração recente no emprego.
Em conclusão, esses dados devem calibrar as apostas para o próximo corte de juros do Fed.