Sexta-feira (12)

Dólar hoje: Expectativa pela Selic, rebaixamento de rating e pressão geopolítica

Na quinta-feira (11), o dólar comercial fechou com variação de -0,3%, valendo R$5,3898, após ter começado o dia cotado a R$5,4036

Dólar hoje em queda. Imagem de uma nota de 5 dólares com a bandeira dos EUA, ilustrando a baixa da moeda americana em relação ao real, influenciada pela expectativa de corte de juros pelo Fed.
Na quinta-feira (11), o dólar comercial fechou com variação de -0,3%, valendo R$5,3898, após ter começado o dia cotado a R$5,4036

Na quinta-feira (11), o dólar comercial fechou com variação de -0,3%, valendo R$5,3898, após ter começado o dia cotado a R$5,4036

O dólar iniciou esta sexta-feira (12) cotado a R$5,3896.

Acompanhe nossa análise diária.

Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – sexta, 12 de setembro de 2025

Exterior

  • 03h00 – Alemanha – Índice de preços ao consumidor (ago)
  • 03h00 – Reino Unido – Produção industrial (jul)
  • 07h30 – Rússia – Decisão e política monetária
  • 11h00 – EUA – índice de sentimento do consumidor (set)

Brasil

  • 09h00 – IBGE: Pesquisa Mensal de Serviços (jul)
  • 10h30 – BC: realiza dois leilões de linha (até US$ 1 bilhão total), em rolagem
  • 11h30 – BC: oferta até 40 mil contratos de swap cambial (US$ 2 bilhões), em rolagem

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na quinta (11), o dólar comercial (compra) fechou com variação de -0,3%, cotado a R$5,3914, após ter começado o dia cotado a R$5,4062.

O que influencia o dólar hoje?

Os mercados operam em cautela nesta sexta-feira, à espera das decisões de política monetária no Brasil e nos EUA. O foco local está na reunião do Copom, que deve manter a Selic em 15%, enquanto investidores monitoram dados de serviços e inflação.

Na Europa, cresce a preocupação com o possível rebaixamento dos ratings soberanos da França, após turbulência política recente. Nos EUA, os futuros recuam em compasso de espera pela leitura de confiança da Universidade de Michigan.

Além disso, persistem as tensões geopolíticas. Os EUA estudam impor tarifas mais altas contra Índia e China, e a pressão do governo Trump sobre o Federal Reserve adiciona volatilidade aos mercados globais.

Política monetária no Brasil

A decisão do Copom na próxima semana é o destaque doméstico. O mercado aposta na manutenção da Selic em 15%, diante do cenário fiscal delicado e da necessidade de consolidar expectativas de inflação.

A leitura dos serviços divulgada hoje pode reforçar essa percepção. Se o dado confirmar aceleração, será mais um argumento para a manutenção do aperto monetário.

Partes dos analistas projetam um corte da Selic em 2025, caso o ambiente fiscal e econômico permitam que o Copom o faça.

Inflação e confiança nos EUA

Nos EUA, o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan será acompanhado de perto.

O mercado busca sinais sobre como famílias estão absorvendo inflação e juros elevados. Uma leitura mais fraca pode reforçar apostas em cortes adicionais de juros pelo Fed.

O dado se soma à recente pressão política sobre o banco central, que mantém cautela em seus comunicados.

Europa e risco de rebaixamento da França

Na Europa, as bolsas recuam com a expectativa de rebaixamento do rating soberano da França pela Fitch.

O cenário político instável no país alimenta dúvidas sobre sustentabilidade fiscal, em meio a aumento de déficits e protestos recentes.

Esse risco amplia a aversão em mercados europeus e pode pressionar o euro ao longo  desta sexta-feira.

Geopolítica e tarifas comerciais

Os EUA avaliam impor novas tarifas mais altas contra Índia e China, ampliando tensões comerciais.

Essas medidas refletem a estratégia de pressionar grandes exportadores a reduzir apoio indireto à Rússia no mercado de energia.

O movimento deve gerar impactos sobre cadeias globais de suprimentos e manter a inflação sob pressão.

Pesquisas e percepção de governo no Brasil

No Brasil, pesquisa Ipsos-Ipec mostrou melhora na avaliação positiva do governo, que subiu de 25% para 30%.

A percepção negativa caiu de 43% para 38%, o que pode influenciar as expectativas políticas e a condução de reformas no Congresso.

Apesar disso, o mercado mantém foco maior no fiscal e nos indicadores de atividade, com impacto limitado dessas pesquisas sobre preços de ativos.