Sexta-feira (27)

Dólar hoje estável devido a inflação dos EUA e dados de emprego no Brasil

Dólar estável reflete cenário de alívio geopolítico e expectativa por dados econômicos importantes nos EUA e Brasil que podem influenciar próximos movimentos do câmbio

Dólar hoje
Mercados operam com cautela enquanto aguardam divulgação do PCE americano e da taxa de desemprego no Brasil, fatores decisivos para o comportamento do dólar | Crédito: Reprodução

O dólar iniciou esta sexta-feira (27) cotado a R$5,4890.

O dólar hoje inicia o dia em um ambiente mais calmo nos mercados, com investidores digerindo dados de inflação dos EUA, mantendo no radar a política monetária do Fed e, além disso, acompanhando o cenário geopolítico mais controlado.

💵 Cotação do dólar em tempo real

Com o cessar-fogo entre Israel e Irã ainda em vigor e, ao mesmo tempo, os primeiros sinais de retomada nas conversas comerciais entre EUA e China, o apetite por risco melhora.

No Brasil, por outro lado, as atenções se voltam para os dados de emprego de maio e o desempenho da inflação ao produtor (IGP-M), enquanto o câmbio segue sensível aos números do exterior e à movimentação dos juros americanos.

Continue lendo para entender como esses temas afetam o câmbio.

Agenda de hoje – sexta, 27 de junho de 2025

Exterior

  • 06h00 – Zona do Euro – Índice de confiança do consumidor (jun)
  • 06h00 – Zona do Euro – Índice de sentimento econômico (jun)
  • 09h30 – EUA – Gastos com consumo (mai)
  • 09h30 – EUA – Renda pessoal (mai)
  • 09h30 – EUA – PCE (mai)
  • 11h00 – EUA – Índice de sentimento do consumidor (jun)

Brasil

  • 08h00 – FGV: IGP-M (jun)
  • 08h00 – FGV: Sondagem do comércio (jun)
  • 08h00 – FGV: Sondagem de serviços (jun)
  • 08h30 – BC: Nota de crédito (mai)
  • 09h00 – IBGE: Pnad (mai)
  • 14h30 – Tesouro Nacional: Dívida Pública Federal (mai)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na última quinta (26), o dólar comercial (compra) fechou com queda de 1%, cotado a R$5,4990, após ter começado o dia cotado a R$5,5560.

Bolsas sobem com alívio geopolítico e expectativa de dados

Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta sexta-feira, com expectativa de encerramento positivo da semana.

O cessar-fogo no Oriente Médio e, bem como, o avanço das negociações com a China ajudam o tom mais construtivo.

Às 07h33 de Brasília, os futuros do Dow Jones subiam 0,3%, o S&P 500 avançava 0,3% e, por fim, o Nasdaq 100 ganhava 0,4%.

Inflação nos EUA: foco no PCE de maio

O índice PCE de maio, principal termômetro inflacionário do Fed, é o destaque desta sexta-feira. A expectativa é de estabilidade mensal e, em contrapartida, alta anual de 2,3%.

O núcleo do PCE deve subir 0,1% no mês, com leve aceleração em 12 meses. Sem dúvida, a inflação continua sendo peça-chave nas decisões de juros do banco central americano.

Mesmo com impactos ainda modestos das tarifas, o Fed deve esperar os dados de junho a agosto antes de reavaliar sua estratégia.

No mercado de trabalho, os pedidos contínuos de auxílio-desemprego atingiram o maior nível desde 2021, no entanto, os pedidos iniciais recuaram.

Petróleo: leve alta após tombo semanal

Os preços do petróleo operam em leve alta, após forte queda nos últimos dias. Em outras palavras, o alívio nas tensões entre Israel e Irã reduziu o prêmio de risco geopolítico.

O Brent sobe 0,7%, a US$67,14, e o WTI avança 0,7%, para US$65,69 o barril. Ainda assim, ambos caminham para queda semanal de cerca de 12%.

Parte da sustentação vem dos estoques dos EUA, que caíram na última semana, indicando, dessa forma, demanda firme.

IGP-M tem forte deflação em junho

O IGP-M caiu 1,67% em junho, segundo a FGV. O indicador, usado em reajustes de contratos, é mais sensível ao câmbio e aos preços no atacado.

O resultado reforça a percepção de que há espaço para alívio na inflação ao produtor, o que pode, como resultado, impactar expectativas futuras de IPCA.

Mercado de trabalho e crédito em foco

O IBGE divulga hoje a taxa de desemprego no trimestre encerrado em maio. Por certo, a expectativa do mercado é de queda para 6,4%.

Ainda nesta sexta, o Banco Central publica o relatório de crédito, que trará detalhes sobre a evolução dos empréstimos bancários em maio.