
A quinta-feira (22) começa com os mercados atentos a uma combinação de pressões vindas do petróleo, da política fiscal nos EUA e dos dados da economia europeia. O dólar hoje opera com leve alta, mas sob influência direta do projeto fiscal de Donald Trump, que ainda enfrenta obstáculos no Congresso.
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Em primeiro lugar, o petróleo recua forte após dados de estoques nos EUA e rumores de aumento de produção por parte da Opep+. Já na Europa, o euro cai com a atividade fraca, enquanto a libra sobe impulsionada por inflação resistente e sinais de recuperação no setor de serviços.
A seguir, veja os destaques que mexem com o dólar hoje nos mercados globais.
Qual é a cotação do dólar hoje?
Em resumo, o dólar comercial abriu nesta quinta-feira (22) cotado a R$5,6588.
O dólar comercial fechou a quarta-feira (21) com variação de -0,3%, valendo R$5,6450, após ter começado o dia cotado a R$5,6628.
Trump impulsiona dólar, mas teto fiscal limita
Em segundo lugar, o dólar hoje sobe levemente, com os investidores de olho na tramitação da proposta fiscal de Trump. O avanço depende da Câmara, que deve votar o texto ainda nesta quinta-feira.
Além disso, o DXY subia 0,32%, aos 99,750, após três dias seguidos de queda. A melhora reflete a expectativa de aumento de gastos públicos e mudanças tributárias.
Em contrapartida, o temor com o teto da dívida americana e os riscos fiscais continuam limitando os ganhos da moeda. Se aprovado, o texto segue para o Senado, onde enfrentará resistência e longas negociações.
Brasil: foco no fiscal e no setor elétrico
Além dos riscos externos, o mercado local deve reagir à divulgação do Relatório de Receitas e Despesas Primárias nesta quinta-feira. A expectativa é por algum contingenciamento de gastos para garantir o cumprimento do novo arcabouço fiscal.
A medida será acompanhada de perto pelos investidores, que buscam sinais concretos de comprometimento com a responsabilidade fiscal por parte do governo.
Outro tema relevante é a Medida Provisória de reforma do setor elétrico, anunciada na terça-feira. A MP prevê isenção nas contas de energia para até 60 milhões de brasileiros, com base em uma redistribuição dos custos por faixas de renda.
Petróleo em queda pressiona mercados
Juntamente disso, os preços do petróleo iniciaram o dia em baixa, pressionados por temores de excesso de oferta global. A possibilidade de aumento na produção por parte de grandes exportadores reforçou o movimento.
Às 7h45 de Brasília, o Brent recuava 1,2%, a US$64,16, e o WTI cedia na mesma proporção, a US$60,86 por barril. Ambos os contratos operam nos menores níveis em dias.
Na véspera, dados da EIA mostraram um aumento inesperado de 1,3 milhão de barris nos estoques americanos. O mercado esperava uma queda na mesma magnitude, elevando o alerta sobre desequilíbrio entre oferta e demanda.
Europa decepciona e euro recua
O euro recuava 0,1% nesta manhã, cotado a 1,1319, após a divulgação de dados fracos da economia da zona do euro. O resultado reforça preocupações sobre a recuperação da região.
O PMI composto caiu para 49,5 em maio, abaixo da linha de 50 que separa expansão de contração. O recuo inesperado veio principalmente da desaceleração no setor de serviços.
Além disso, o dado contraria as expectativas de alta para 50,7 e pressiona a moeda única. Com isso, o dólar ganha fôlego adicional frente ao euro em meio à percepção de fraqueza da atividade europeia.
Reino Unido surpreende e libra avança
Por fim, a libra subia 0,1%, negociada a 1,3426, após a divulgação do PMI composto britânico, que subiu para 49,4 em maio. O dado surpreendeu positivamente o mercado, que esperava um número mais fraco.
A alta reforça a leitura de que o setor de serviços britânico começa a reagir, ainda que timidamente. Esse otimismo se soma à inflação acima do esperado divulgada na véspera.
Juntos, os dados sustentam a valorização da libra frente ao dólar hoje, com investidores ajustando apostas sobre os próximos passos do Banco da Inglaterra na política monetária.
Agenda de hoje – quinta, 22 de maio de 2025
Exterior
- 04h30 – Alemanha – Índice PMI composto preliminar (mai)
- 05h00 – Zona do Euro – Índice PMI composto preliminar (mai)
- 05h00 – Alemanha – índice Ifo de sentimento das empresas (mai)
- 05h30 – Reino Unido – Índice PMI composto preliminar (mai)
- 07h00 – França – PIB OCDE (1º tri)
- 08h30 – Zona do Euro – Ata da última reunião de política monetária
- 09h30 – EUA – Novos pedidos de seguro-desemprego (semanal)
- 10h45 – EUA – Índice PMI composto preliminar (mai)
Brasil
- 10h00 – BC: Boletim Regional (2024)
- 10h30 – CNC: Intenção de consumo das famílias (mai)
- 14h30 – Ministério da Fazenda: Relatório de Receitas e Despesas Primárias (bimestral)