A sexta-feira começa com os mercados digerindo sinais mistos vindos da Ásia e da Europa, enquanto o cenário fiscal dos EUA segue no centro das atenções. O dólar hoje oscila em meio à aversão a risco e receios com o aumento da dívida americana.
📈Acompanhe o dólar em tempo real
Em primeiro lugar, internamente, o ajuste fiscal brasileiro esbarra na resistência ao aumento do IOF, que gerou ruído no mercado. No exterior, dados da Alemanha e Reino Unido vieram fortes, mas preocupações com China e EUA limitam o apetite por risco.
Acompanhe os principais fatores que influenciam o dólar nos mercados globais.
Cotação do dólar hoje
O dólar comercial abriu nesta sexta-feira (23) cotado a R$5,7160.
O dólar comercial fechou a quinta-feira (22) com variação de 1,24%, valendo 5,7160, após ter começado o dia cotado a R$5,6455.
Brasil: ajuste fiscal ofuscado pelo IOF
O anúncio do bloqueio de R$31,4 bilhões em despesas foi inicialmente bem recebido como sinal de responsabilidade fiscal, mas o entusiasmo durou pouco.
Em segundo lugar, a sinalização de alta do IOF gerou ruído e repercussão negativa entre investidores. A medida foi parcialmente revertida por Haddad, que anunciou sua revogação para aplicações no exterior.
Além disso, o episódio evidencia a dificuldade do governo em fazer o ajuste fiscal necessário. A medida pode prejudicar a atratividade do país para o capital externo, que vem sendo um destaque positivo dos últimos dois anos, o que influencia diretamente o comportamento do dólar hoje.
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Economia europeia surpreende com dados positivos vindos da Alemanha e Reino Unido
Em terceiro lugar, na Europa, a agenda econômica trouxe boas notícias. A Alemanha superou as expectativas com crescimento de 0,4% no 1º trimestre, impulsionando momentaneamente o euro.
No Reino Unido, as vendas no varejo subiram 1,2% em abril, após a inflação vir acima do esperado. Os dados alimentam a perspectiva de aperto monetário mais prolongado pelo Banco da Inglaterra.
Mesmo assim, as bolsas europeias recuavam 0,2% no início do pregão, com investidores ainda preocupados com os desdobramentos fiscais dos EUA e a perda de ritmo da economia chinesa.
Ásia hesita diante do cenário fiscal dos EUA
As bolsas asiáticas encerraram a sessão sem direção única, refletindo o arrefecimento das negociações comerciais dos EUA e o desconforto com o novo plano fiscal do governo Trump.
A proposta projeta um aumento de US$3,3 trilhões na dívida pública americana em 10 anos, ampliando as incertezas fiscais. Esse cenário motivou o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s.
O sentimento negativo asiático se soma à cautela global, reforçando a valorização do dólar hoje frente a moedas de países emergentes e mais sensíveis ao risco.
Agenda de hoje – sexta, 23 de maio de 2025
Exterior
- 03h00 – Alemanha – PIB (1ºtri)
- 03h00 – Reino Unido – Vendas no varejo (abr)
- 09h30 – EUA – Vendas de novas casas (abr)
- 14h00 – EUA – Poços de petróleo em operação (semanal)
Brasil
- 08h00 – FGV: Índice de preços ao consumidor (semanal)
