Na terça-feira (23), o dólar comercial fechou com variação de -1,0%, valendo R$5,2829, após ter começado o dia cotado a R$5,3355.
O dólar iniciou esta quarta-feira (24) cotado a R$5,2829.
Acompanhe nossa análise diária.
Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – quarta, 24 de setembro de 2025
Exterior
- 05h00 – Alemanha – Índice de sentimento das empresas Ifo (set)
- 11h00 – EUA – Venda de novas moradias (ago)
- 11h30 – EUA – Estoque de petróleo bruto (semanal)
- 20h50 – Japão – Ata da última reunião de política monetária
Brasil
- 08h00 – FGV: Sondagem do consumidor (set)
- 08h00 – FGV: Índice de preços ao consumidor (semanal)
- 10h30 – BC: Leilão de linha de até 2 bilhões
- 14h30 – BC: Fluxo cambial (semanal)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na terça (23), o dólar comercial (compra) fechou com variação de -1,1%, cotado a R$5,2785, após ter começado o dia cotado a R$5,3250.
O que influencia o dólar hoje?
O dólar hoje ganha força após o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçar uma postura de cautela em relação a novos cortes de juros. A fala trouxe volatilidade aos mercados, já que investidores buscavam pistas sobre o rumo da política monetária americana.
Ao mesmo tempo, os preços do petróleo avançam com tensões geopolíticas e dados de estoques dos EUA. No Brasil, a confiança do consumidor mostra melhora, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, critica as tarifas impostas pelos EUA.
Para entender como esses fatores afetam o dólar e o cenário econômico, confira a análise completa a seguir.
Dólar sobe após discurso de Powell
O dólar hoje avança contra as principais moedas após Powell evitar sinalizar quando virão novos cortes de juros. Ele afirmou que reduzir taxas cedo demais pode reacender a inflação, enquanto adiar a decisão pode enfraquecer o mercado de trabalho.
No início desta quarta-feira, o índice DXY registrava alta de 0,46%, alcançando 97,34 pontos. Mesmo assim, o posicionamento atual segue sugerindo o dólar enfraquecido.
O Fed cortou os juros pela primeira vez no ano no início de setembro. O mercado segue esperando mais duas reduções de 0,25 ponto percentual nas próximas reuniões, mas o discurso trouxe incertezas sobre o ritmo desses cortes.
Petróleo avança com tensões e estoques
Os preços do petróleo sobem nesta quarta-feira, apoiados por tensões geopolíticas e pela queda acima do esperado nos estoques americanos. O Brent para novembro avança 1,04%, para US$68,33, enquanto o WTI sobe para US$64,07.
O adiamento do acordo para retomar exportações do Curdistão iraquiano limitou temores de excesso de oferta no curto prazo. Os produtores exigem garantias antes de voltar com os embarques.
Com isso, as cotações estendem os ganhos da véspera, quando já haviam subido mais de 1,5%, refletindo um cenário de oferta mais apertado e demanda resiliente.
Ouro mantém estabilidade
O ouro hoje opera estável, negociado próximo das máximas recentes, enquanto investidores avaliam os comentários de Powell e as tensões geopolíticas. O metal à vista sobe 0,3%, a US$3.775,56, e os contratos futuros recuam 0,2%, para US$3.807,92.
A perspectiva de novos cortes de juros até o fim de 2025 favorece o ouro, já que taxas mais baixas aumentam a atratividade de ativos sem rendimento.
Além disso, o quadro geopolítico reforça a busca pelo metal como proteção, mantendo a demanda sustentada.
Haddad critica tarifas dos EUA
O ministro Fernando Haddad defendeu o fim completo das tarifas impostas pelos Estados Unidos. A fala veio antes do encontro entre o presidente Lula e Donald Trump, previsto para a próxima semana.
Segundo Haddad, as barreiras comerciais prejudicam não só o Brasil, mas também a relação econômica entre os países. Ele afirmou que a prioridade será buscar condições mais equilibradas para o comércio bilateral.
Confiança do consumidor sobe no Brasil
No Brasil, a confiança dos consumidores avançou em setembro, atingindo o maior nível desde dezembro de 2024. Segundo a FGV, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1,3 ponto, chegando a 87,5 pontos.
O avanço foi impulsionado pelo Índice de Expectativas, que cresceu 3,7 pontos para 91,8, refletindo maior otimismo sobre a economia futura. Já o Índice de Situação Atual recuou 2,5 pontos, após duas altas seguidas, para 82,0 pontos.
Os dados sugerem que, apesar de desafios no curto prazo, as perspectivas para os próximos meses melhoraram.