
Na quinta-feira (13), o dólar comercial fechou com variação de +0,05%, valendo R$5,2986, após ter começado o dia cotado a R$5,2960.
O dólar iniciou esta sexta-feira (14) cotado a R$5,2986.
Acompanhe nossa análise diária.
Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – sexta, 14 de novembro de 2025
Exterior
- 07h00 – Zona do Euro – PIB P (3º tri)
- 10h30 – EUA – Índice de preços ao produtor (out)
- 10h30 – EUA – Vendas no varejo (out)
Brasil
- 08h00 – FGV: IGP-10 (nov)
- 10h00 – Ministério da Fazenda: Prisma Fiscal
- 11h30 – BC: oferta até 45 mil contratos de swap cambial (US$2,25 bilhões), em rolagem
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na quinta-feira (13), o dólar comercial fechou com variação de +0,1%, valendo R$5,2969, após ter começado o dia cotado a R$5,2915.
O que influencia o dólar hoje
A sexta-feira traz uma agenda econômica enxuta, com destaque para o IGP-10 de novembro e os balanços de grandes companhias como Cosan e Raízen.
No cenário internacional, investidores aguardam declarações de dirigentes do Federal Reserve e do Banco Central Europeu, avaliando os próximos passos da política monetária.
Enquanto isso, o Brasil avança em pautas fiscais e ambientais, com o lançamento do programa Eco Invest Brasil, voltado a projetos sustentáveis na Amazônia e em outras regiões.
Dados da China decepcionam o mercado
As bolsas internacionais operam sob pressão sincronizada após novos dados da China reforçarem sinais de desaceleração, especialmente nos investimentos em ativos fixos. Não se trata de uma crise, longe disso, mas essa não é a primeira vez que o crescimento chinês fica bem abaixo da expectativa do mercado.
Na Europa, os índices recuam diante da incerteza fiscal e de uma eventual demora para que as instituições dos EUA voltem a divulgar os números sobre inflação e emprego depois da paralisação mais longa da história.
O quadro de cautela é ampliado por quedas em ações de tecnologia e ajustes nos Treasuries, com investidores buscando proteção diante da volatilidade.
As incertezas em relação aos próximos passos do Fed continuam impondo perdas aos criptoativos
O bitcoin caiu ao menor nível em seis meses, ficando abaixo dos US$100 mil, refletindo a menor demanda por ativos de risco.
Nos mercados de câmbio, o dólar mantém força moderada, impulsionado pela busca por segurança e pelo recuo da libra esterlina após comentários da ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves.
Reeves parece ter recuado da elevação do IR, movimento que traz mais riscos fiscais ao Reino Unido. O recuo elevou os rendimentos dos gilts e pressionou as bolsas europeias.
Os indicadores domésticos: a desinflação continua
No Brasil, a cautela global pode ser suavizada pela alta do petróleo, do minério de ferro e por resultados corporativos positivos.
O EWZ, ETF brasileiro negociado em Nova York, subia levemente, enquanto o mercado local acompanhava o resultado do IGP-10, que registrou alta de 0,18% em novembro. Embora tenha havido aumento do IGP-10 no mês, o resultado veio em linha com as projeções do mercado.
Além da variação em linha com o que o mercado havia projetado, o IGP-10 de novembro mostrou ligeira moderação da variação dos preços no atacado. Dados da FGV mostraram que o IPA-10 teve um impulso bem menor em relação ao que foi visto no IGP-M e no IGP-DI de outubro.
Os juros futuros abrem próximos à estabilidade, com expectativa pela continuidade da Selic em 15%, conforme o tom conservador do Banco Central.
Sem mudança de meta
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o governo pretenda elevar a meta fiscal, reforçando que não há espaço para flexibilizações significativas.
Os impactos sobre a ampliação da faixa de isenção do IR até R$5 mil seguem em discussão no mercado. No entanto, o IR hoje é mais um aliado da questão fiscal que um inimigo (nunca foi, só no imaginário de parte do mercado financeiro).
O IR pode ajudar a conter uma desaceleração mais aguda da atividade econômica em 2026. Uma perda de tração da economia muito relevante poderia trazer menos arrecadação, antecipando os riscos que hoje estão concentrados em cenários mais longos, em 2027 e 2028.
O tarifaço contra o Brasil vai acabar?
O chanceler Mauro Vieira disse que o Secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, poderá dar uma resposta sobre a proposta do Brasil nesta sexta (14) ou na próxima semana.
Enquanto isso, o presidente Lula avalia o veto a trechos da MP do setor elétrico, que pode gerar impacto estimado de R$7 bilhões, segundo a Abrace Energia.
A decisão deve ser alinhada com a nova agenda de sustentabilidade e competitividade industrial discutida durante a COP30.