
Na quinta-feira (23), o dólar comercial fechou com variação de -0,3%, valendo R$5,3814, após ter começado o dia cotado a R$5,3983.
O dólar iniciou esta sexta-feira (24) cotado a R$5,3804.
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Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – sexta, 24 de outubro de 2025
Exterior
- 03h00- Reino Unido – Vendas no varejo (set)
- 04h30 – Alemanha – Índice PMI composto (out)
- 05h00 – Zona do Euro – Índice PMI composto (out)
- 05h30 – Reino Unido – Índice PMI composto (out)
- 07h30 – Rússia – Decisão de política monetária
- 09h30 – EUA – Índice de preços ao consumidor (set)
- 10h45 – EUA – Índice PMI composto (out)
Brasil
- 08h00 – FGV: Índice de preços ao consumidor (semanal)
- 08h30 – Bacen: Dados das contas externas (set)
- 09h00 – IBGE: IPCA-15 (out)
- 11h30 – Bacen: oferta de até 40 mil contratos de swap cambial (US$2 bilhões), em rolagem
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na quinta-feira (23), o dólar comercial fechou com variação de -0,2%, valendo R$5,3854, após ter começado o dia cotado a R$5,3963.
O que influencia o dólar hoje
Às vésperas da decisão do Federal Reserve (Fed), a inflação dos Estados Unidos e o IPCA-15 de outubro concentram as atenções dos mercados. As projeções indicam que os bancos centrais seguem cautelosos diante de pressões inflacionárias persistentes e de uma atividade econômica ainda desigual.
No Brasil, a desaceleração dos preços ao consumidor pode influenciar as apostas sobre o início dos cortes na taxa Selic. Já no exterior, os investidores observam os dados de inflação norte-americanos como guia para os próximos passos da política monetária global.
Esses indicadores, somados à volatilidade cambial e às expectativas por novas reuniões internacionais, compõem um ambiente de incerteza, mas também de oportunidades para realinhamento das estratégias econômicas.
Inflação nos EUA deve guiar os passos do FED
Os investidores aguardam a divulgação do CPI americano, que será excepcionalmente publicada apesar da paralisação parcial do governo. As projeções indicam alta de 0,4% em setembro, repetindo o ritmo de agosto.
O resultado pode confirmar a expectativa quase unânime do mercado de que o Fed fará um corte de 25 pontos-base nos juros na próxima reunião. Uma surpresa inflacionária, no entanto, pode adiar essa decisão.
O comportamento do CPI tem influência direta nas bolsas de Nova York e nos fluxos de capital internacionais, determinando o humor dos mercados e a valorização do dólar frente a outras moedas.
Europa emite sinais mistos
Na Europa, o desempenho econômico permanece desigual. Os índices PMI da Zona do Euro surpreenderam positivamente, sugerindo alguma melhora na produção industrial e de serviços.
Na Alemanha, o PMI também mostrou recuperação, embora ainda limitada. Já no Reino Unido, o setor varejista registrou avanço inesperado, sinalizando uma possível retomada do consumo.
Apesar dos sinais positivos, as bolsas europeias seguem mistas, refletindo a cautela dos investidores diante da inflação elevada e da incerteza sobre a trajetória futura dos juros no bloco.
IPCA-15 pode alterar expectativas de corte na Selic
No Brasil, a prévia da inflação oficial deve desacelerar para 0,24% em outubro, ante 0,48% em setembro. Essa moderação pode reduzir o acumulado em 12 meses para 5,0%, reforçando a percepção de controle gradual dos preços.
O resultado deve alimentar as expectativas de que o Banco Central poderá iniciar um ciclo de cortes na Selic nos próximos meses, dependendo do comportamento dos preços administrados e do câmbio.
Os juros futuros já refletem essa aposta, enquanto o mercado acompanha também o movimento do dólar e as operações de swap anunciadas pelo Banco Central.
IDP é o destaque nas contas externas
Em setembro de 2025, o déficit em transações correntes foi de US$9,8 bilhões, influenciado, principalmente, pela queda no superávit comercial. As exportações cresceram 7%, mas as importações subiram 17,4%, reduzindo o saldo da balança comercial para US$2,3 bilhões.
O déficit em serviços recuou 11,6%, para US$4,9 bilhões, com menores gastos em transporte e telecomunicações, apesar da alta nas despesas com propriedade intelectual.
Os investimentos diretos no país somaram US$10,7 bilhões, recorde para setembro, enquanto os investimentos em carteira atingiram US$4,4 bilhões, sustentados pela entrada de recursos em títulos de dívida.