
Em primeiro lugar, o dólar hoje abre o dia sem viés definido, em meio a um noticiário carregado no Brasil e no exterior. Sendo assim, os investidores monitoram, com atenção, os dados do Caged e seus reflexos sobre os juros locais.
O dólar comercial abriu esta quarta-feira (28) cotado a R$5,6424.
No que diz respeito aos Estados Unidos, o grande destaque é o balanço da Nvidia (NVDC34)(NVDA), que pode ditar o humor das bolsas e, por consequência, o apetite por risco em mercados emergentes como o Brasil.
📈Cotação do dólar em tempo real
Além disso, ganham relevância os movimentos no mercado de títulos soberanos, com investidores mais cautelosos em relação à sustentabilidade fiscal nas maiores economias do mundo.
Por fim, o petróleo avança com temor de sanções adicionais à Rússia. Em suma, tudo isso pode influenciar o dólar hoje. Acompanhe os destaques.
Nvidia (NVDC34) divulga resultados e pode ditar o tom do mercado global
De acordo com analistas, o balanço da Nvidia (NVDC34)(NVDA) é o evento mais aguardado do dia. A empresa reporta seus números após o fechamento dos mercados em NY.
Nesse sentido, o mercado projeta uma alta de 66% na receita do trimestre, para US$43 bilhões, impulsionada pelos investimentos em data centers e nuvem.
No entanto, apesar dos fortes resultados esperados, o foco recai nas projeções, em virtude das restrições americanas às exportações para a China. Qualquer sinal negativo pode mexer com o apetite por risco e afetar o dólar hoje.
Agenda de hoje – quarta, 28 de maio de 2025
Exterior
- 04h55 – Alemanha – Taxa de Desemprego (mai)
- 15h00 – EUA – Atas da Reunião do FOMC
Brasil
- 08h00 – FGV: Sondagem da indústria (mai)
- 10h30 – CNC: Índice de confiança do empresário do comércio (mai)
- 14h30 – BC: Fluxo cambial (semanal)
- 14h30 – Tesouro Nacional: Estoque da dívida pública (abr)
- 14h30 – MTE: Índice de Evolução de Emprego do Caged (abr)
Na sessão anterior…
Na última terça (27), o dólar comercial (compra) fechou com queda de 0,5%, cotado a R$5,6450, após ter começado o dia cotado a R$5,6610
Caged deve mostrar geração de 175 mil vagas em abril
Em relação ao mercado local, este se volta para o dado de emprego formal (Caged), que deve apontar a criação de 175 mil vagas em abril, segundo o consenso.
Como resultado, o número pode reforçar a leitura de aquecimento da economia, uma vez que o IBC-Br sinalizou alta de 1,3% do PIB no 1º tri e o IPCA-15 mostrou alívio inflacionário.
Dessa forma, se os dados vierem fortes, a curva de juros pode voltar a subir, refletindo menor chance de cortes na Selic no final de 2025. Por conseguinte, isso tende a pressionar o dólar hoje frente ao real.
Futuros americanos recuam após forte alta da véspera
No momento, os índices futuros dos EUA operam no vermelho, realizando lucros após os ganhos expressivos de ontem, quando Trump adiou tarifas sobre a UE.
É importante ressaltar que o Nasdaq subiu 2,5% na terça, com destaque para as big techs, enquanto o Dow Jones disparou mais de 700 pontos, cerca de +1,8%.
Nesse meio tempo, o foco volta-se à ata do Fed, que pode oferecer pistas sobre os próximos passos da política monetária. Assim sendo, um tom mais duro pode valorizar o dólar globalmente e influenciar o dólar hoje no Brasil.
Pressão nos títulos soberanos levanta alerta fiscal global
Em contrapartida, um leilão de títulos japoneses de 40 anos teve a pior demanda desde novembro, com relação oferta-demanda caindo de 2,9 para 2,2.
Da mesma forma, nos EUA, o Tesouro também enfrentou dificuldades para vender papéis de 20 anos na semana passada, elevando os alertas fiscais.
Em virtude dos rebaixamentos de nota pelas três principais agências, investidores duvidam da sustentabilidade das contas públicas americanas. Por consequência, esse ambiente eleva a aversão ao risco e impacta diretamente o dólar hoje.
Petróleo sobe com temores geopolíticos antes da reunião da Opep+
No presente momento, o petróleo opera em alta moderada, com o Brent a US$63,96 (+0,6%) e o WTI a US$61,29 (+0,7%), refletindo preocupações com sanções à Rússia.
Nesse contexto, Trump afirmou que Putin está “brincando com fogo”, alimentando rumores sobre novas medidas que podem afetar a oferta global.
Por fim, a Opep+ se reúne neste fim de semana e pode decidir por um aumento da produção. Até lá, a tensão geopolítica segue influenciando as commodities — e por consequência, o dólar hoje, via balança comercial e percepção de risco.