Na quarta-feira (10), o dólar comercial fechou com variação de -0,5%, valendo R$5,4038, após ter começado o dia cotado a R$5,4336
O dólar iniciou esta quinta-feira (11) cotado a R$5,4036.
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Agenda de hoje – quinta, 11 de setembro de 2025
Exterior
- 05h00 – França – AIE divulga relatório mensal sobre petróleo
- 07h00 – Turquia – Decisão de política monetária
- 09h15 – Zona do Euro – Decisão de política monetária
- 09h30 – EUA – Novos pedidos de seguro-desemprego (semanal)
- 09h30 – EUA – Índice de preços ao consumidor (ago)
Brasil
- 09h00 – IBGE: Vendas no varejo (jul)
- 09h00 – IBGE: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (ago)
- 11h30 – BC: oferta de até 40 mil contratos de swap cambial (US$ 2 bilhões), em rolagem
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na quarta (10), o dólar comercial (compra) fechou com variação de -0,5%, cotado a R$5,4062, após ter começado o dia cotado a R$5,4352.
O que influencia o dólar hoje?
Os mercados iniciam a quinta-feira atentos ao índice de preços ao consumidor (CPI) de agosto nos EUA e à decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), que será seguida de coletiva da presidente Christine Lagarde. O tom dos dados de inflação e da comunicação da autoridade europeia deve calibrar expectativas de política monetária nos dois lados do Atlântico.
Nos EUA, investidores ajustam posições após a deflação do PPI e aguardam sinais sobre o ritmo de cortes de juros do Federal Reserve. Na Europa, a inflação segue próxima da meta de 2%, sustentando apostas de manutenção de juros pelo BCE.
No Brasil, além da expectativa com os indicadores externos, o mercado ainda digere a divulgação do IPCA e aguarda os números do varejo de julho, fundamentais para definir o espaço de cortes da Selic.
Índices de preços nos Estados Unidos
Os investidores aguardam a divulgação do CPI de agosto, que deve indicar alta de 0,3% no mês, após +0,2% em julho. A inflação anual deve subir de 2,7% para 2,9%.
Esse resultado reforça a leitura de que a inflação americana segue resiliente, diante da resiliência do mercado de trabalho.
O dado pode não alterar as apostas de cortes de juros do Fed nos últimos meses de 2025, mas será crucial para calibrar apostas na curva de juros.
Política monetária do Banco Central Europeu (BCE)
O mercado europeu opera em compasso de espera pela decisão de juros do BCE, com expectativa de manutenção das taxas.
O CPI da Zona do Euro segue em linha com a meta oficial de 2%, sustentando o discurso de estabilidade monetária.
A entrevista coletiva de Christine Lagarde será determinante para sinalizar se há espaço para cortes adicionais na reta final de 2025 ou apenas no início de 2026.
Ativos globais e impacto dos juros
Nos EUA, o dólar e os Treasuries exibem viés moderado de alta, refletindo ajustes táticos antes do CPI.
Na Europa, as bolsas operam em leve avanço, apoiadas pelo otimismo em setores de tecnologia e energia, mesmo em meio a cautela sobre os juros.
O ambiente internacional mais benigno pode sustentar ativos de risco, mas a volatilidade permanece elevada diante da sensibilidade a dados de inflação.
Brasil: IPCA e curva de juros
O IPCA de agosto caiu 0,11%, primeira deflação do ano. O índice foi puxado pela queda na energia elétrica, além de recuos em alimentação e transportes.
No acumulado de 2025, a inflação soma 3,15%. Em 12 meses, desacelerou para 5,13%, abaixo dos 5,23% de julho.
Embora a deflação tenha sido menos intensa que o esperado pelo mercado (-0,16%), o dado ainda mantém viva a possibilidade de corte da Selic este ano.
Comércio varejista brasileiro em julho
Além da inflação, os números do varejo de julho trazem uma leitura importante sobre a atividade econômica.
Para o conceito ampliado, a expectativa é de alta de 0,8% no mês, após queda de 2,5% em junho. Já no restrito, projeta-se queda de 0,3%, após -0,1% em julho.
Os dados reforçam a heterogeneidade da atividade: enquanto alguns segmentos avançam, outros ainda sentem os efeitos de juros altos e mercado de trabalho em desaceleração.