
O dólar hoje começa o dia reagindo a uma série de fatores que podem mexer com a confiança dos investidores, tanto no Brasil quanto lá fora.
📈 Cotação do dólar em tempo real
No cenário interno, o mercado monitora as discussões sobre o IOF no Congresso, ao mesmo tempo em que a Petrobras anuncia queda no preço da gasolina, o que pode aliviar a inflação e influenciar os juros.
Em contrapartida, nos Estados Unidos, o foco está nos dados do mercado de trabalho. O relatório JOLTS, que sai ainda hoje, será o primeiro termômetro antes do payroll, previsto para sexta.
Além disso, investidores acompanham os desdobramentos da guerra tarifária. O governo Trump quer respostas rápidas de seus parceiros e, por isso, pode dobrar tarifas sobre aço e alumínio.
Quer entender como tudo isso mexe com o câmbio e o dólar hoje? Em seguida, acompanhe os principais destaques.
Valor do dólar hoje
O dólar comercial abriu esta segunda-feira (03) cotado a R$5,5734.
Nesta segunda-feira (02), o dólar comercial fechou o pregão com variação de 0,9%, valendo R$5,6734, após ter começado o dia cotado a R$5,7236.
Agenda de hoje – terça, 03 de junho de 2025
Exterior
- 06h00 – Zona do Euro – IPC (mai)
- 06h00 – Zona do Euro – Taxa de desemprego (abr)
- 11h00 – EUA – Ofertas de Emprego JOLTS (abr)
Brasil
- 05h00 – Fipe: IPC-Fipe (mai)
- 09h00 – IBGE: Produção Industrial (abr)
Haddad deve ceder e recuar do aumento do IOF sobre risco sacado
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tende a atender ao pedido do presidente da Câmara, Hugo Motta, e, como resultado, derrubar o aumento do IOF sobre o chamado risco sacado.
A princípio, a medida havia sido adotada como forma de compensar perdas com a desoneração da folha, no entanto, enfrentou forte resistência no Congresso.
O aumento do IOF sobre cartões internacionais, por outro lado, deve ser mantido em 2025. A ideia é deixar mudanças estruturais para depois.
De acordo com o Poder360, a compensação virá com revisão de subsídios tributários a partir de 2026, dentro de um plano mais amplo de reequilíbrio fiscal.
Petrobras reduz gasolina em R$ 0,17 por litro
A Petrobras anunciou um corte de 5,6% no preço da gasolina para as distribuidoras, a partir desta terça-feira (3), reduzindo o valor para R$2,85 por litro.
O repasse estimado ao consumidor é de R$0,12 por litro, já considerando os 27% de etanol na mistura.
Em outras palavras, esse é o primeiro corte desde julho de 2024, e ocorre após queda no preço do petróleo no mercado internacional.
Segundo a estatal, a gasolina acumula queda real de R$0,60 desde dezembro de 2022. Como resultado, a medida deve aliviar o IPCA de junho em até -0,10 p.p.
Indústria no foco
O IBGE divulgará a produção industrial referente a abril. A última leitura apontou para uma alta mensal de 1,2%.
Para o dado que será divulgado, o mercado aposta em uma desaceleração frente ao mês de março. Ainda assim, o setor deve mostrar crescimento pelo segundo mês consecutivo.
Mercado segue atento à guerra tarifária
Os futuros de Wall Street abriram em queda nesta terça-feira, refletindo as incertezas sobre a guerra tarifária entre EUA e parceiros comerciais.
O governo Trump pediu que os países apresentem propostas até quarta-feira, antecipando novas tarifas que podem entrar em vigor em cinco semanas.
Além disso, Trump também disse que deve dobrar tarifas sobre aço e alumínio a partir de quarta, o que pressiona a indústria global e afeta o apetite por risco.
Nesse meio tempo, o mercado ainda espera um possível telefonema entre Trump e Xi Jinping, o que pode amenizar os temores e dar novo rumo aos ativos.
Nos EUA, mercado foca no JOLTS antes do payroll
Hoje às 11h (horário de Brasília), sai o relatório JOLTS, que mede vagas abertas e rotatividade no mercado de trabalho americano.
O consenso aponta para 7,11 milhões de vagas, número que pode indicar aquecimento ou desaceleração da economia.
Em suma, esse é o primeiro dado da semana na área de emprego e pode influenciar apostas sobre os próximos passos do Fed em relação aos juros.
Por fim, se vier acima do esperado, o dólar tende a se valorizar, com maior expectativa de manutenção de juros altos por mais tempo.