
O dólar comercial fechou a segunda-feira (12) com variação de 0,4%, valendo R$5,6707, após ter começado o dia cotado a R$5,6455. O euro fechou o pregão com variação de -0,8%, valendo R$6,2890 após ter iniciado o dia em R$6,3368.
O dólar hoje iniciou esta terça-feira (13) cotado a R$5,6922 e o euro abriu o dia cotado a R$6,2894.
📈Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – segunda, 13 de maio de 2025
Exterior
06h00 – Alemanha – Índice de expectativas econômicas (mai)
09h30 – EUA – Índice de preços ao consumidor (abr)
Brasil
08h00 – BC: Ata do Copom
11h30 – BC: oferta de até 25 mil contratos de swap (US$1,25 bilhão), em rolagem
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última segunda-feira (12), o dólar comercial (compra) fechou com alta de 0,53%, cotado a R$5,6840, após ter começado o dia cotado a R$5,6707. O euro fechou o pregão com queda de 0,93%, cotado a R$6,305 após ter iniciado o dia em R$6,2940.
O que influencia o dólar hoje?
A semana começou com um forte movimento nos mercados globais e o dólar reagiu a uma série de fatores internos e externos. O destaque ficou para o lucro surpreendente da Petrobras (PETR4), que reforçou o apetite por ativos brasileiros e sustentou a alta do Ibovespa.
Ainda no cenário nacional, a Ata do Copom reforçou a tendência do Banco Central continuar reativo e duro na batalha contra inflação, possivelmente elevando os juros novamente em junho.
Do outro lado, o ambiente internacional continua sensível à inflação americana e à política tarifária adotada por Trump. A divulgação do CPI nos EUA será determinante para calibrar expectativas sobre juros.
Na Europa, a confiança econômica deu sinais de recuperação, e o novo dado do índice ZEW indica melhora na percepção dos agentes. Com todos esses fatores em jogo, o câmbio segue sujeito a movimentos de correção e especulação. Acompanhe os detalhes a seguir.
Ata do Copom
Depois de emitir um comunicado sem muitas pistas concretas do que deve ser feito pelo Copom na próxima reunião de política monetária, em junho, a ata do Copom reforça a leitura de que o Copom será combativo nos próximos meses.
Embora o indicador oficial de inflação tenha desacelerado na passagem do mês de março para abril, de 0,56% para 0,43%, os dados qualitativos do indicador sugerem pressões inflacionárias persistentes, o que fez o Copom adotar uma postura mais “conservadora” no documento expedido hoje pela manhã.
O documento ressalta que existem diversos problemas com o comportamento dos preços no mercado doméstico: o primeiro, diz respeito à desancoragem das expectativas para períodos mais longos; o segundo está ligado à persistência da inflação no curto prazo.
Em outras palavras, apesar do nível elevado da Selic, o Copom pode ir além e realizar um ajuste residual na taxa básica de juros no mês que vem, para 15%.
Petrobras (PETR4) em alta
A Petrobras (PETR4) surpreendeu o mercado com um lucro líquido de R$35,2 bilhões no 1º trimestre de 2025. O resultado superou as expectativas, que apontavam para R$31,42 bilhões.
Mesmo com um Ebitda ajustado ligeiramente abaixo do previsto, o desempenho financeiro foi favorecido pela valorização de 7% do real frente ao dólar no período.
Sem o impacto cambial e outros eventos pontuais, o lucro seria de R$23,7 bilhões — ainda assim, um avanço de 31% frente ao 4T24. A receita líquida atingiu R$123,14 bilhões, mostrando a resiliência da empresa mesmo em um ambiente de volatilidade global.
A companhia também anunciou a distribuição de R$11,72 bilhões em dividendos e JCP, o que representa R$0,91 por ação — sinal de alinhamento com sua política de remuneração ao acionista.
Ibovespa na máxima?
O Ibovespa renovou sua máxima histórica, impulsionado por Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e outras blue chips que ganharam com o alívio na guerra tarifária entre China e EUA.
A trégua comercial elevou a atratividade das commodities e beneficiou economias emergentes. O ambiente externo mais favorável contribuiu para o fluxo positivo no mercado local.
Além disso, a temporada de balanços no Brasil surpreendeu positivamente, com diversas empresas reportando resultados sólidos.
Com cinco semanas seguidas de alta, o índice acumula valorização de 13,53% em 2025, e agora mira a faixa dos 140 mil pontos — novo alvo técnico de curto prazo.
Inflação nos EUA
O CPI americano de abril será divulgado nesta terça-feira (14) e deve guiar os rumos do mercado nos próximos dias. A expectativa é de alta de 0,3% no mês, após queda de 0,1% em março.
No acumulado em 12 meses, o índice deve se manter em 2,4%, segundo projeções. Já o núcleo, que exclui alimentos e energia, pode acelerar para 0,3% no mês e 2,8% em base anual.
Com a recente escalada tarifária promovida por Trump, o dado ganha ainda mais relevância. Investidores estão atentos a possíveis repasses de preços e seus impactos na trajetória dos juros.
Uma inflação acima do esperado pode reacender temores sobre o fim do ciclo de cortes nos EUA — pressionando o dólar globalmente.