dólar hoje

Dólar hoje passa a precificar possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia

Dólar abre em R$5,4368 com tensão Fed, paz na Ucrânia e atrito comercial entre Brasil e EUA.

Imagem de notas de 100 dólares americanos empilhadas, simbolizando câmbio, investimentos e cotação do dólar hoje.
Notas de 100 dólares representando o mercado cambial e a cotação do dólar no dia.

Na última segunda-feira (18), o dólar comercial fechou com variação de 0,7%, valendo R$5,4368, após ter começado o dia cotado a R$5,4009.

O dólar iniciou esta terça-feira (19) cotado a R$5,4368.

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Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – terça, 19 de agosto de 2025

Exterior

  • 09h30 – EUA – Construção de Novas Casas (jul)
  • 22h15 – China – Taxa de Juros (ago)

Brasil

  • 5h00 – Zona do Euro – Transações Correntes (jun)
  • 22h00 – China – Taxa Preferencial de Empréstimo do BPC (ago)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na última segunda (18), o dólar comercial (compra) fechou com alta de 0,7%, cotado a R$5,4350, após ter começado o dia cotado a R$5,4070.

O que influencia o dólar hoje?

O dólar hoje inicia a terça-feira refletindo um cenário internacional carregado de incertezas. De um lado, os mercados acompanham de perto as conversas de paz entre Estados Unidos e Ucrânia. Do outro, cresce a cautela em torno da política monetária do Fed.

A expectativa pelos discursos no simpósio de Jackson Hole adiciona volatilidade, especialmente após as apostas firmes em cortes de juros já em setembro. A cautela se espalha pelos futuros de ações e pelo câmbio.

No Brasil, o governo respondeu à investigação comercial dos EUA, ampliando a tensão entre os dois países. Esse pano de fundo pode manter o real pressionado, em meio a dúvidas sobre a trajetória global da economia e do comércio.

Conversas de paz entre Trump e Zelensky

Trump e Zelensky se reuniram em Washington, discutindo saídas para o conflito entre Rússia e Ucrânia. Ambos demonstraram otimismo, em contraste com encontros anteriores.

Trump prometeu apoio à segurança ucraniana, mas sem detalhar termos. Reportagem do Financial Times sugeriu que Kiev poderia adquirir até US$100 bilhões em armas dos EUA.

A possibilidade de incluir Putin em conversas trilaterais foi levantada, mas a paz ainda parece distante. Moscou insiste em manter parte do Donbass, enquanto Kiev exige a devolução total do território

Futuros de ações e expectativas para o Fed

Os futuros de ações americanas operavam em queda moderada nesta terça-feira. Investidores aguardam balanços do varejo e falas de dirigentes do Fed antes de Jackson Hole.

Na véspera, Wall Street fechou em leve instabilidade, refletindo o compasso de espera pela sinalização de Jerome Powell.

O mercado precifica 83% de chance de corte de 0,25 p.p. nos juros em setembro. Hoje, a governadora Michelle Bowman deve reforçar expectativas ao discursar.

Petróleo recua com chance de negociação na Ucrânia

Os preços do petróleo cediam nesta terça-feira. O movimento é explicado pela leitura de que conversas trilaterais podem abrir espaço para flexibilização das sanções ao petróleo russo.

Uma possível trégua reduziria riscos de oferta e poderia aliviar pressões sobre os preços internacionais, que seguem voláteis desde o início da guerra.

Brasil responde a investigação dos EUA

O governo brasileiro apresentou resposta formal à investigação dos EUA sob a seção 301, rejeitando acusações de práticas desleais.

O documento de 91 páginas defendeu que as políticas brasileiras estão alinhadas às regras da OMC. Citou, ainda, avanços como o Pix e a inclusão financeira.

Sem espaço para diálogo direto com Trump, cresce o risco de tarifas adicionais e de um impasse prolongado, o que adiciona incertezas ao câmbio e ao comércio exterior.