O dólar comercial abriu esta quarta-feira (04) cotado a R$5,6357.
Em virtude das novas tensões comerciais, dados econômicos e sinais políticos relevantes, o dólar hoje opera com leve oscilação.
No que diz respeito aos EUA, os investidores acompanham os dados do mercado de trabalho, com destaque para o relatório ADP, que antecipa o payroll de sexta-feira.
Além disso, no campo comercial, Donald Trump dobrou as tarifas sobre aço importado, reacendendo os temores de uma escalada na guerra tarifária.
📈 Cotação do dólar em tempo real
Em contrapartida, no Brasil, o foco está nos dados de PMI e na sinalização do governo sobre soluções para o aumento do IOF.
A fim de entender melhor o cenário, confira os destaques desta quarta-feira e como eles impactam o câmbio.
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na última terça (03), o dólar comercial (compra) fechou com queda de 0,7%, cotado a R$5,6350, após ter começado o dia cotado a R$5,6860.
Agenda de hoje – terça, 03 de junho de 2025
Exterior
- 04h55 – Alemanha – Índice PMI composto (mai)
- 05h00 – Zona do Euro – Índice PMI composto (mai)
- 05h30 – Reino Unido – Índice PMI composto (mai)
- 09h15 – EUA – Pesquisa ADP (mai)
- 10h45 – EUA – Índice PMI composto (mai)
- 15h00 – EUA – Livro Bege
- 22h45 – China – Índice PMI composto (mai)
Brasil
- 10h00 – S&P Global: Índice PMI composto (mai)
- 10h00 – S&P Global: Índice PMI de serviços (mai)
- 11h30 – BC: oferta de até 35 mil contratos de swap (US$1,75 bilhão), em rolagem
- 14h30 – BC: Fluxo cambial (semanal)
ADP pode trazer pistas sobre o impacto das tarifas no emprego dos EUA
O relatório ADP, que mede a criação de empregos no setor privado, será divulgado nesta quarta e deve indicar 111 mil novas vagas em maio.
Uma vez que o número seja confirmado, representará uma recuperação frente aos 62 mil postos de abril, quando a incerteza política e econômica travou as decisões de contratação.
De acordo com a própria ADP, em cenários instáveis, empresas adotam posturas mais conservadoras na expansão de suas equipes.
Por outro lado, na terça, dados do governo mostraram aumento na quantidade de postos de trabalho em aberto no mês de abril, bem como aumento nas demissões, sugerindo um mercado menos aquecido.
Como resultado, esses números ajudam a formar expectativas para o payroll, que será divulgado na sexta-feira e pode mexer com o dólar hoje.
Mercado monitora conversas entre EUA e China após nova rodada de tensões
Em primeiro lugar, os índices futuros de Nova York sobem levemente nesta quarta-feira, refletindo a expectativa de reabertura do diálogo entre EUA e China.
Nesse sentido, Trump e Xi Jinping devem conversar ainda esta semana, segundo a Casa Branca, após novos atritos em torno do acordo comercial.
No entanto, a China reagiu a acusações de Trump, que disse que o país descumpriu promessas sobre tarifas retaliatórias.
A retórica mais dura do presidente americano, inclusive em postagens na Truth Social, adiciona volatilidade aos mercados globais.
Como consequência, esse clima de incerteza influencia o dólar hoje, que tende a se valorizar em momentos de maior aversão ao risco.
Trump dobra tarifas sobre aço e alumínio a partir de hoje
Em decreto assinado na noite de terça-feira, Trump oficializou o aumento para 50% das tarifas sobre aço e alumínio importados.
Além disso, a medida entra em vigor nesta quarta e afeta também produtos derivados desses metais, sob a justificativa de proteger a segurança nacional.
Nesse contexto, Trump argumenta que o novo patamar é necessário para combater práticas desleais de comércio e estimular a indústria local.
Por fim, a decisão reforça o tom protecionista da atual política externa dos EUA e eleva o risco de retaliações internacionais.
Em suma, esse novo capítulo da guerra tarifária pressiona os mercados e pode gerar movimentos defensivos no câmbio e nos juros globais.
IOF e PMI são os eventos da economia nacional
Nesta quarta, será divulgado o PMI de serviços brasileiro referente a maio, pesquisa da S&P Global que mede a atividade no setor privado.
A princípio, em abril, o indicador voltou a cair, para 48,9 pontos, refletindo queda na demanda e custos elevados de operação.
De fato, as dificuldades financeiras, somadas à concorrência e à inflação persistente, afetaram a produção e o ritmo de contratações.
Apesar disso, a confiança no setor deu sinais de melhora, com expectativas mais positivas para o segundo semestre.
Por fim, no cenário político, a fala de Lula sobre buscar soluções para o IOF, em sintonia com o Congresso, foi bem recebida.
Em conclusão, na terça, o dólar caiu 0,6%, para R$5,6393, e o Ibovespa subiu 0,56%, indicando alívio momentâneo nos ativos locais.