As bolsas globais operam em alta na manhã desta quarta-feira (13). Ao mesmo tempo, o dólar perde força e os yields dos Treasuries recuam. Isso acontece em virtude da leitura de que o Federal Reserve poderá cortar juros em setembro após a inflação de julho mostrar-se contida. Relatos de mercado indicam futuros de Wall Street no positivo, criando assim um dia mais favorável ao risco.
A precificação de cortes ganhou tração depois que o CPI de julho apresentou headline estável em 2,7% a/a e núcleo em 3,1%. Com toda a certeza, essa leitura é compatível com o início do ciclo de afrouxamento ainda no 3º trimestre. Além disso, a própria probabilidade implícita de corte no CME FedWatch subiu, reforçando assim o cenário positivo para ações.
Nos EUA, Treasuries mostram queda nas taxas ao longo da curva. Em contrapartida, o dólar recua frente às principais moedas, uma vez que investidores aumentam as apostas de flexibilização monetária. A dinâmica confirma os relatos matinais: yields caem e o DXY enfraquece.
Na Europa, o tom também se mantém positivo, com índices locais seguindo a melhora do apetite a risco observada nos EUA. Sem dúvida, as mesas destacam que a fraqueza do dólar e a leitura benigna da inflação americana impulsionam esse movimento.
Em suma, o dia inicia com bolsas em alta, yields em queda e dólar mais fraco. Esse quadro se apoia em dados de inflação e em vozes no governo americano que defendem um afrouxamento mais cedo. Por fim, esses fatores mantêm o viés otimista no curto prazo.
O que observar ao longo do dia
Cortes no radar. É necessário acompanhar a probabilidade de setembro nos derivados de Fed Funds, bem como qualquer fala de autoridades que altere as apostas de mercado. Nesse sentido, mudanças no FedWatch geralmente impactam juros, dólar e bolsas.
Curva e moedas. O foco permanece nos Treasuries e no índice dólar. Em primeiro lugar, novos recuos em yields costumam beneficiar tecnologia e setores sensíveis a juros. Por outro lado, um dólar mais fraco tende a favorecer mercados emergentes.
Agenda e geopolítica. Eventos e manchetes podem modificar o humor ao longo do dia — desde o noticiário econômico nos EUA até a pauta geopolítica, que permanece no radar dos investidores globais.