Inadimplência

Crédito no Brasil mantém juros elevados e inadimplência em alta, aponta Banco Central

Taxa média de juros para pessoas físicas atinge 58,3% ao ano; inadimplência geral sobe para 3,6% em junho

Crédito e juros
Economia em alerta com juros altos e inadimplência crescente no Brasil, segundo dados recentes divulgados pelo Banco Central | Crédito: Pexels

O Banco Central divulgou na última segunda-feira (28) os dados de crédito referentes a junho de 2025. Os números revelam a persistência de juros elevados no país. Além disso, mostram um aumento preocupante da inadimplência.

A taxa média de juros para pessoas físicas alcançou 58,3% ao ano. Isso representa um aumento de 5,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2024. Em contrapartida, pessoas jurídicas enfrentam taxas médias de 24,3% ao ano, crescendo 3,5 pontos percentuais na comparação anual.

A inadimplência geral atingiu 3,6% em junho. Por outro lado, o crédito livre às pessoas físicas apresenta situação ainda mais crítica, com taxa de 6,3%. Sem dúvida, o comprometimento médio da renda familiar com dívidas subiu para 27,8%. Esse dado reflete o alto endividamento das famílias brasileiras.

Perspectivas para o crédito no final de 2025

Apesar do cenário desafiador, o Banco Central revisou para cima suas projeções. A fim de ajustar às novas realidades, a instituição estima uma expansão de 8,5% no crédito para 2025. Nesse sentido, espera-se que o crédito às famílias cresça 9,3%, enquanto o crédito às empresas aumente 7,3%.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também ajustou suas projeções. Da mesma forma, prevê um crescimento de 8,5% no crédito total em 2025. Em resumo, a carteira de recursos livres deve expandir 8,3% e a direcionada 9,7%.

Diante das condições econômicas atuais, o mercado de crédito se torna mais seletivo. Por causa disso, exige maior uso de dados e análise de risco. Bem como responsabilidade na concessão de crédito.

Em síntese, todos esses dados indicam um cenário de juros elevados e aumento da inadimplência. Assim sendo, exige-se cautela tanto por parte dos consumidores quanto das instituições financeiras.