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Larissa Brioso

Educadora Financeira na Mobills

Como sair das dívidas: passo a passo com 6 dicas práticas!

Juros altos sobre uma dívida podem ser prejudiciais para o seu sucesso financeiro, qualidade de vida e bem-estar

30 abril 2021 - 11h39
Como sair das dívidas: passo a passo com 6 dicas práticas!

Juros altos sobre uma dívida podem ser prejudiciais para o seu sucesso financeiro, qualidade de vida e bem-estar. Os juros e taxas podem destruir sua capacidade de gerenciar fluxos de caixa mensais e te impedir de atingir seus objetivos e metas mais importantes. Além disso, uma dívida pode levar a inúmeros problemas de saúde. Segundo uma pesquisa da PwC, 54% das causas de estresse são oriundas de desequilíbrios e desafios financeiros. Então, a melhor solução é enfrentar os seus débitos com a máxima urgência, concentrando seu esforço e recursos para sair das dívidas o quanto antes. 

Sem seguir um planejamento financeiro adequado, muitos brasileiros acabam se perdendo em dívidas. E sair do vermelho exige muita disciplina e comprometimento, embora não haja uma solução perfeita que funcione para todo mundo. Mesmo sendo algo tão comum entre os brasileiros, poucos são os que têm o mínimo conhecimento para conseguir sair do vermelho. Confira abaixo seis dicas essenciais para se livrar de vez das dívidas e começar a usar melhor o seu dinheiro.

1. Mapeie a situação

O primeiro passo para sair das dívidas consiste em mapear a sua situação. Sendo assim, coloque em uma planilha de levantamento de dívidas, papel ou bloco de notas, todos os seus débitos e informações úteis para o seu planejamento. Por exemplo, custo efetivo total da dívida (CET) e taxa de juros.

Com um diagnóstico bem preciso das dívidas, fica mais fácil saber como sair delas. Para facilitar ainda mais o processo, se pergunte:

- Qual o valor das minhas dívidas?

- Há quanto tempo elas existem?

- Quais os juros a pagar?

- Para quem estou devendo?

Com essas respostas, fica bem mais fácil fazer uma lista de prioridades e começar a pagar o que você está devendo.

2. Registre gastos e identifique o que é supérfluo

Você deve registrar cada gasto, dos menores aos maiores. Afinal, é muito importante saber para onde o seu dinheiro está indo. Além disso, a soma de pequenos gastos pode afetar, e muito, o seu orçamento. Com todos os gastos registrados, é mais simples entender quais são aqueles realmente necessários e quais são os supérfluos. Caso seja preciso cortar gastos, para que as dívidas sejam pagas, os itens supérfluos devem ser os primeiros a serem eliminados.

3. Abra mão de investimentos

Os investimentos, nesse caso, não são prioridades. A prioridade é pagar as dívidas, por isso, qualquer quantia economizada e rendimentos extras devem ser usados para esse seu objetivo, e não para investir. Isso porque a taxa de juros sobre as dívidas geralmente é muito maior do que qualquer outra que você irá encontrar em uma aplicação financeira de renda fixa, por exemplo. Fora isso, outros investimentos com maiores taxas, como é o caso da renda variável, podem tornar sua vida financeira ainda mais incerta devido à liquidez e segurança dos ativos.

4. Organize o orçamento

Conhecer sua capacidade de poupar dinheiro é fundamental para conseguir se livrar das dívidas. Então, agora que já registrou seus principais gastos e identificou o que é supérfluo, é hora de estipular uma meta de poupança para pagar as dívidas com base na sua renda líquida mensal.

É impossível acabar com uma dívida gastando o mesmo que você sempre gastou até chegar a elas. Por isso, ao mesmo tempo em que calcula, organiza e paga a dívida atual, é extremamente importante organizar o orçamento mensal para que novas dívidas não apareçam. Crie uma meta de orçamento com o que você deve e pode gastar, cortando todo o supérfluo, e deixando uma parte sem uso para o pagamento de dívidas.

5. Renegocie
Geralmente é possível renegociar a dívida e deixar de pagar altas taxas de juros para pagar taxas mais baixas em um prazo maior, com parcelas menores. Conversando com o gerente do banco ou com seu credor, é possível conseguir condições muito melhores de pagamento. Mas lembre-se, é importante negociar parcelas que você possa pagar. Não faça um acordo que não possa manter, senão, isso só irá lhe gerar mais dores de cabeça.

6.  Transferência de dívida

Se você não tiver êxito em negociar o montante ou os termos dos seus débitos, considere transferir a dívida. Você pode transferir sua dívida para outra instituição visando reduzir a taxa de juros (e o pagamento mensal). Ou ainda, veja a possibilidade de empréstimo para quitar todas as suas dívidas e ficar somente com o débito desse empréstimo com melhores condições. Pagar menos juros pode te ajudar a eliminar a dívida mais rapidamente, mas somente se você usar o dinheiro como pretendido e seguir com seu plano de quitar as dívidas.

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