quinta, 28 de março de 2024
Fim do impasse

Câmara dos EUA concede aprovação final a aumento do teto da dívida e evita calote

O presidente Joe Biden deve promulgar a lei antes de 18 de outubro, data que, segundo o Departamento do Tesouro, ele não conseguiria mais pagar as dívidas do país se não houvesse uma ação no Congresso

13 outubro 2021 - 08h24Por Reuters
 Reuters. O Capitólio ao pôr do sol em Washington, EUA, 30 de setembro de 2021. REUTERS/Elizabeth Frantz Reuters. O Capitólio ao pôr do sol em Washington, EUA, 30 de setembro de 2021. REUTERS/Elizabeth Frantz - Crédito: REUTERS/Elizabeth Frantz

Por Susan Cornwell e Richard Cowan*, da Reuters - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, controlada pelos democratas, deu a aprovação final na terça-feira para a legislação que eleva temporariamente o teto da dívida do governo a 28,9 trilhões de dólares, empurrando o prazo para um calote apenas até dezembro.

Os democratas mantiveram a disciplina partidária para aprovar o aumento do limite da dívida em 480 bilhões de dólares por 219 a 206 votos.

O presidente Joe Biden deve promulgar a lei antes de 18 de outubro, data que segundo o Departamento do Tesouro ele não conseguiria mais pagar as dívidas do país se não houvesse uma ação no Congresso.

A aprovação na Câmara afastou preocupações de que os EUA dariam calote pela primeira vez, mas a prorrogação temporária abriu espaço para mais disputas entre os partidos.

"Evitamos temporariamente a crise antes do prazo da próxima semana, mas em dezembro os membros do Congresso precisarão escolher colocar o país à frente do partido e evitar o calote", disse o democrata Richard Neal.

Os republicanos insistem que os democratas devem assumir toda a responsabilidade pela elevação do limite da dívida porque seu partido quer gastar trilhões de dólares para ampliar programas sociais e lidar com a mudança climática.

Os democratas dizem que o aumento da autoridade de empréstimo é necessário para cobrir os cortes de impostos e programas de gastos durante o governo do ex-presidente Donald Trump, medida a que os republicanos no Congresso deram apoio.

*Reportagem adicional de David Morgan.