sexta, 19 de abril de 2024
3º dia de Blue Talks

"Se você comprar boas empresas, pode dormir tranquilo", diz Patrick Johnston sobre investir na B3

Patrick Johnston, superintendente da Blue3, explicou como funciona a mesa de renda variável da empresa, o que esperar da B3, dicas para iniciantes e importância da mentalidade de longo prazo

22 setembro 2021 - 18h30Por Redação SpaceMoney

A renda variável está cada vez mais popular. Segundo a B3, a bolsa de valores brasileira, em 2021 o número de pessoas físicas cadastradas para investir chegou a quase quatro milhões. Só entre 2019 e 2020, dois milhões de pessoas passaram a comprar ações e derivativos no mercado de capitais. Porém, essa ainda é uma classe de ativos que gera dúvidas e até temor em iniciantes. Para desmistificar o mercado de ações, a Blue3 organizou para o terceiro dia do Blue Talks uma valiosa live com o superintendente da mesa de renda variável do escritório de investimentos, Patrick Johnston

Apresentado pela especialista em educação financeira da empresa, Amanda Fraioli, e o CEO da SpaceMoney, Fabio Murad, o evento deu uma verdadeira aula sobre o mercado acionário, trazendo lições para iniciantes e até para investidores com mais experiência.

Volatilidade vem aí

Segundo Patrick, a despeito dos últimos dias turbulentos na bolsa causados pela construtora chinesa Evergrande (clique aqui para saber em detalhes), os investidores podem esperar mais volatilidade na bolsa no final deste ano e no próximo, por questões de conjunturas política e econômica. “Minério de ferro vem caindo por conta da desaceleração das economias asiáticas, principalmente a chinesa, e a Vale [exportadora de minério de ferro e aço] tem um peso grande no Ibovespa, assim como a Petrobras. Também não podemos descartar que estamos no final do ano e, apesar de a previsão para esse trimestre ser boas, sempre temos o rally de final de ano. Além disso, teremos eleições ano que vem e os discursos devem começar a se aquecer. Tudo isso deve trazer volatilidade”, explica o superintendente.

Porém, segundo ele, não necessariamente isso é ruim para o investidor. “É um crescimento no nivel de risco, mas não significa que a bolsa vai cair, podemos ter picos de alta também, como recentemente tivemos um dia de 2% de alta e, no seguinte, 3% de alta. Isso é volatilidade”, completou.

Patrick falou também sobre o longo prazo. No caso, sobre a mentalidade dos investidores, que devem ter foco no futuro e controle das emoções. “Tem que tentar excluir o emocional. A bolsa, se pegarmos o preço sobre lucro, está abaixo. As empresas estão entregando bons resultados, mas o valor da ação não está onde deveria. A empresa que você vê resultados em longo prazo, no curto prazo está sofrendo com ruído doméstico, que atrapalham de forma sistêmica. O investidor tem que saber que se comprou uma boa empresa, ele é sócio. Se souber segurar o emocional, nessas horas [de baixa], pode até aumentar a posição em renda variável e comprar ações por pechincha. Ano passado vimos o Ibovespa descer para 60 mil pontos e agora subiu para mais de 100 mil. Quem investiu, ganhou dinheiro. [O segredo] é ter tranquilidade no curto prazo e foco no longo prazo”, resumiu Johnston.

Para quem está começando

Perguntado pelos apresentadores sobre qual seria o melhor conselho que ele daria para um iniciante no mercado de ações, Patrick destacou a importância do acompanhamento de profissionais experientes para quem está começando. “É importante ter bons profissionais e investir também em educação. As duas coisas principais são buscar uma assessoria que te dê acesso a um broker para ajudar a cuidar dessa parte da sua carteira e estudar muito. Busque livros, cursos e muito conhecimento para saber onde está pisando antes de começar a investir”, aconselhou.

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