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Sanepar (SAPR11) registra queda de 30% no lucro do 2T25, abaixo do esperado

Resultado vem abaixo do consenso em lucro, receita e Ebitda

Sanepar (SAPR11)
Tubulações da Sanepar em estação de tratamento de água no Paraná: companhia enfrenta desafios operacionais e aumento de custos no segundo trimestre | Crédito: Reprodução

A Sanepar (SAPR11) divulgou lucro líquido de R$ 263,8 milhões no segundo trimestre de 2025, queda de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado veio abaixo do consenso de mercado, pressionado por aumento de custos e despesas operacionais. A receita líquida somou R$ 1,71 bilhão, avanço de 2,5% na comparação anual, mas também abaixo das projeções.

O Ebitda totalizou R$ 536 milhões, recuo de 17% frente ao 2T24 e significativamente inferior ao esperado pelos analistas. A margem Ebitda caiu para 31,4%, impactada por reajustes tarifários insuficientes para compensar a elevação dos gastos e pelos efeitos do clima sobre a operação.

A companhia enfrenta desafios para equilibrar custos e investimentos, especialmente diante de demandas regulatórias e climáticas. Ainda assim, mantém planos de expansão da rede de saneamento e modernização de sistemas, de olho no cumprimento das metas do marco legal do saneamento.

No trimestre, houve aumento nas despesas com energia elétrica, tratamento de água e esgoto, além de manutenção preventiva. Por outro lado, o crescimento no número de ligações e a ampliação da base de clientes ajudaram a sustentar parte da receita.

O cenário macroeconômico, com inflação de serviços elevada e custos de insumos pressionados, também contribuiu para a deterioração das margens. A perspectiva é de que a recuperação dependa de ajustes tarifários futuros e de maior eficiência operacional.

Sanepar (SAPR11) enfrenta pressão nas margens e no crescimento

O desempenho da Sanepar no 2T25 reforça a importância de estratégias para conter despesas e otimizar investimentos. A estatal paranaense tem buscado alternativas como parcerias público-privadas e inovação tecnológica para reduzir perdas e ampliar a eficiência.

Analistas avaliam que a empresa precisará de revisões tarifárias mais robustas para recompor margens e manter o ritmo de expansão. Além disso, a implementação de soluções de reúso e digitalização de processos pode gerar ganhos de produtividade.

A expectativa do mercado é que os próximos trimestres tragam alguma melhora, caso haja recuperação do consumo de água e controle dos custos operacionais, mas a pressão regulatória e macroeconômica deve continuar a influenciar os resultados.