A Petrobras (PETR4) registrou Ebitda ajustado de R$ 52,3 bilhões no 2º trimestre de 2025. Isso representa alta de 5% na base anual. No entanto, o resultado ficou abaixo do consenso LSEG, de R$ 58,15 bilhões. A companhia reverteu o prejuízo do ano anterior, alcançando lucro líquido de R$ 26,7 bilhões. Por outro lado, a receita de vendas totalizou R$ 119,1 bilhões, com queda de 2,6% na comparação anual.
A margem Ebitda atingiu cerca de 44%. Além disso, o fluxo de caixa livre chegou a R$ 19,2 bilhões, apresentando recuo de quase 40% ante o 2T24. Em contrapartida, a alavancagem subiu para 1,53x dívida líquida/EBITDA LTM, em linha com maior endividamento. Já os investimentos somaram US$ 4,4 bilhões no trimestre.
De acordo com a companhia, a melhora no resultado se deve ao avanço operacional e à entrada de novos sistemas de produção, apesar do Brent mais fraco no período.
No campo operacional, a estatal manteve produção elevada no trimestre. O total alcançou 2,91 milhões de boe/d, representando alta de 8,1% a/a. Esse crescimento foi apoiado pelo ramp-up de plataformas no pré-sal.
A administração aprovou a distribuição de R$ 8,66 bilhões em dividendos e JCP, equivalente a R$ 0,67192409 por ação. Isso representa uma antecipação da remuneração de 2025. Os pagamentos acontecerão em 21 de novembro e 22 de dezembro. Por fim, as ações ficam “ex” a partir de 22 de agosto.
Petrobras (PETR4) detalha proventos e prioridades financeiras
Os proventos seguem a política vigente. Esta prevê distribuir 45% do fluxo de caixa livre quando a dívida bruta estiver abaixo do limite de US$ 75 bilhões, condição atualmente atendida.
O mercado esperava proventos na casa de US$ 1,9 a US$ 2,2 bilhões. Assim sendo, o anúncio veio em linha com as projeções mais recentes. Ainda assim, analistas continuam monitorando o balanço entre investimentos e remuneração.
Para o restante do ano, a companhia indica que deve atingir a faixa superior da meta de produção de 2025. Em virtude disso, a geração de caixa pode se manter sustentada, a princípio mitigando a volatilidade do Brent.