A Petrobras (PETR4) anunciou hoje (1) o aumento do preço médio do querosene de aviação (QAV) em aproximadamente 2,8%. Isso representa um acréscimo de cerca de R$ 0,09 por litro, segundo comunicado oficial da estatal. O reajuste ocorre após reduções recentes, refletindo, sem dúvida, a volatilidade dos preços internacionais do petróleo e das taxas cambiais.
Apesar disso, o preço acumulado do QAV em 2025 ainda se mantém 0,3% abaixo do registrado em dezembro de 2024, indicando um perfil de estabilidade anual. É provável que o ajuste mensal continue ocorrendo conforme a fórmula contratual com as distribuidoras.
O reajuste impacta diretamente as companhias aéreas, visto que o combustível representa cerca de 40% das despesas operacionais. Como resultado, poderá pressionar tarifas e margens em um segmento já fragilizado pelas instabilidades macroeconômicas.
Como isso afeta os seus investimentos?
Para investidores, o aumento do QAV não apenas representa potencial pressão sobre o setor aéreo, mas também afeta particularmente empresas listadas como Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4). Por causa disso, o repasse aos consumidores pode reduzir margens e diminuir a expectativa de lucro em apurações futuras.
No entanto, o reajuste moderado em meio à estabilidade acumulada dos preços em 2025 oferece algum alívio ao setor, minimizando surpresas nos custos operacionais e na geração de fluxo de caixa.
A decisão também reforça a importância da política de preços baseada em paridade internacional e contratos previsíveis da Petrobras. Sem dúvida, isso agrega transparência e reduz incertezas para analistas e investidores na precificação de valuation de PETR3/PETR4.
Em portfólio diversificado, ações expostas ao setor de transporte devem ser acompanhadas de perto. Além disso, fundos de infraestrutura e ETFs que incluem ativos de energia e aviação podem sofrer ajustes em seus indicadores de risco e retorno nos próximos trimestres.