A Klabin encerrou o segundo trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 585 milhões. Este valor representa um salto de 86% em relação ao 2T24. Além disso, a empresa superou estimativas de mercado que apontavam para cerca de R$ 486 milhões.
A receita líquida registrou alta de 6%, chegando a R$ 5,247 bilhões. Em contrapartida, o EBITDA ajustado somou R$ 2,041 bilhões, praticamente estável frente ao ano anterior. A margem operacional atingiu 39%, uma queda de 2 pontos percentuais.
O investimento continuou em ritmo menor: o capex caiu 24%, totalizando R$ 649 milhões. Este resultado advém de uma gestão mais eficiente dos projetos e do cronograma de manutenção das fábricas. No entanto, a dívida líquida aumentou 18%, alcançando R$ 27,9 bilhões. Isto piorou a alavancagem financeira da companhia para 3,7 vezes o EBITDA ajustado, ante 3,0x no mesmo período do ano anterior.
Qual o futuro da Klabin (KLBN11)?
O forte avanço no lucro líquido reflete consolidada disciplina operacional. Além disso, a empresa captura ganhos advindos de preço e volume em papéis e embalagens. Isto está em linha com o cenário de alta do dólar e demanda global. Por outro lado, a estabilidade do EBITDA ajustado diante do aumento de custos indica que os ganhos operacionais vêm sendo absorvidos em parte por pressões de custo caixa.
A redução do capex sugere menor necessidade de desembolsos imediatos. Como resultado, a empresa consegue preservar a geração de caixa livre. Entretanto, a alta da dívida líquida coloca um alerta: a alavancagem ampliada exige atenção no controle de fluxo. Isto se torna ainda mais importante se os juros globais se mantiverem elevados.
Apesar dos desafios na estrutura de capital, a combinação entre crescimento moderado de receita, margens robustas e geração de caixa consistente reforça a sólida posição da Klabin. Sem dúvida, a empresa se estabelece como player resiliente no setor. Em conclusão, isso embasa uma visão otimista para médio-prazo, desde que a companhia mantenha disciplina financeira e execute desalavancagem gradual sem sacrificar expansão.