A Intelbras (INTB3) divulgou lucro líquido de R$ 136,3 milhões no segundo trimestre de 2025. Esse valor representa alta de 15,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem líquida atingiu 10,9%. Além disso, a receita líquida alcançou R$ 1,25 bilhão, um aumento de 35,3% sobre o 1T25 e 5,1% na base anual.
O Ebitda ajustado apresentou recuperação expressiva. Ele atingiu R$ 154,4 milhões no trimestre, um salto de 90,2% em relação ao trimestre anterior. Como resultado, a margem subiu para 12,4%, alta de 3,6pp na comparação sequencial. Por outro lado, o retorno sobre o capital investido (ROIC) consolidado pré-impostos ficou em 13,6%, recuando ligeiramente em 0,2pp frente ao trimestre anterior.
O segmento de Segurança liderou o desempenho, com receita de R$ 779 milhões (+16,7% frente ao 2T24). Em contrapartida, a área de TIC registrou recuperação gradual (+28,7% em relação ao trimestre anterior). No entanto, o segmento de Energia sofreu queda de 19,6% na base anual, apesar de manter margens brutas estáveis.
A companhia atribui a retomada das margens à estabilização operacional após migração de sistema ERP no início do ano. Esta mudança causou indisponibilidade produtiva e afetou os resultados no 1T25. Em outras palavras, o 2T marca o retorno ao normal no volume e rentabilidade, principalmente nas linhas de segurança e TIC.
O conselho aprovou pagamento de dividendos no valor total de R$ 69,3 milhões (R$ 0,21165 por ação). Assim sendo, a data-com ex-dividendos será a partir de 4 de agosto. Os créditos estarão disponíveis em 15 de agosto e não sofrerão atualização monetária ou juros.
O que o balanço da Intelbras (INTB3) mostra para os investidores?
O resultado representa um ponto de virada para a Intelbras após o impacto da implantação do ERP no primeiro trimestre. Sem dúvida, a recuperação do Ebitda e a margem líquida reforçam a confiança na capacidade operacional da empresa. Dessa forma, a retomada sustentável do crescimento se torna mais evidente.
O pagamento de dividendos sinaliza disciplina na gestão de caixa e retorno imediato ao acionista. Acima de tudo, isso reforça o apelo da ação como investimento com perfil defensivo e geração de renda. Com toda a certeza, o dividend yield, embora moderado, se alinha à estratégia de preservação do capital em meio à volatilidade do setor.
A expectativa de estabilidade na Selic e cenário macroeconômico restritivo reforça a relevância de resultados operacionais robustos. Isso é necessário a fim de justificar eventuais revalorizações da ação. Por fim, o desempenho do próximo trimestre será crucial para confirmar se a normalização se sustenta e retomar valor ao papel.