Fechamento do dia
O Ibovespa encerrou em 145.499,49 pontos, leve queda de 0,06% (−94,14 pontos), após três sessões de recordes. O giro foi de R$ 23,50 bilhões. Na semana, o índice ainda sobe 2,27%; em setembro, +2,88%; no ano, +20,96%.
Natura dispara; Vale e Petrobras pesam
O destaque positivo foi Natura (NATU3), que saltou 16,46% após anunciar a venda da Avon International (Europa, África e Ásia, excluindo Rússia; América Latina fora do perímetro). Embraer (EMBR3) avançou 1,02% com novo pedido de Portugal. Na ponta negativa, Vale (VALE3) cedeu 0,19% com minério em baixa, e Petrobras (PETR4) recuou 0,98% com petróleo no vermelho. Entre os bancos, BBAS3 +1,05%, ITUB4 +0,13%, BBDC4 −1,02%.
Dólar e juros
O dólar comercial subiu 0,33%, a R$ 5,319, acompanhando o fortalecimento global da moeda (DXY +0,52%, 97,37). Os DIs subiram ao longo da curva após o Copom reforçar a manutenção da Selic em 15,00% por período prolongado.
Copom mais duro no discurso
Analistas viram um Copom mais severo: além de manter a Selic, indicou possibilidade de retomar alta “se necessário” e projetou inflação de 3,4% no horizonte relevante (1T27), acima do que o mercado esperava, reduzindo apostas em cortes no curto prazo.
Wall Street em alta; Europa acompanha
Em Nova York, os índices fecharam em alta após o Fed sinalizar ciclo de afrouxamento: Dow +0,27%, S&P 500 +0,48%, Nasdaq +0,94%. O petróleo caiu (WTI −0,75%; Brent −0,75%). Na Europa, o Stoxx 600 +0,80%, com tecnologia liderando após a Nvidia anunciar investimento de US$ 5 bi na Intel.
Política: pressão no Congresso
No Brasil, o clima político adicionou ruído: a Câmara adiou a votação da isenção do IR e avançou debates sobre anistia (PEC da Blindagem), enquanto o presidente Lula prometeu enfrentar as pautas.
Tabela — destaques do pregão
- Maiores altas (exemplos): NATU3 +16,46%; BEEF3 +0,93%; BBAS3 +1,05%.
- Maiores quedas (exemplos): USIM5 −4,23%; PETR4 −0,98%; ABEV3 −1,80%.
- Mais negociadas (parcial do dia): PETR4; BBAS3; VALE3; NATU3; MRFG3.
Por que importa para o investidor
Com Fed em ritmo de cortes e Copom ainda duro, a Bolsa brasileira tende a oscilar entre o impulso externo (juros globais mais baixos) e a cautela local (Selic elevada e ruído fiscal/político). Em cenários assim, a diversificação por fatores e regiões ajuda a suavizar o risco direcional do Brasil. (Se quiser, acrescento um box com tática de carteira por classe de ativo.)