Abertura dos mercados
O Ibovespa iniciou esta quinta-feira (4) com oscilação moderada, refletindo tanto o cenário internacional quanto notícias corporativas locais. Por volta das 10h12, o índice registrava alta de 0,12%, aos 140.024 pontos, após abrir o pregão em leve queda.
O dólar comercial operava em torno de R$ 5,45, em movimento instável, enquanto os juros futuros exibiam comportamento misto. O contrato de Ibovespa futuro rondava os 141,9 mil pontos.
Destaques corporativos
As ações de grandes companhias brasileiras apresentavam variações pontuais:
- Petrobras (PETR3, PETR4): iniciou a sessão em leve queda de -0,06% e -0,13%, respectivamente. A companhia também anunciou emissão de títulos globais de US$ 2 bilhões, com vencimentos em 2030 e 2036.
- Vale (VALE3): registrava valorização de 0,67%, cotada a R$ 55,97.
- Embraer (EMBR3): avançava 0,32%, negociada a R$ 77,77.
- B3 (B3SA3): alta de 0,62%, a R$ 13,03.
- Setor de supermercados: ganhos liderados por Pão de Açúcar (PCAR3), com +1,30%.
No setor de commodities, a petrolífera PRIO (PRIO3) informou que a produção de agosto caiu 9% devido à paralisação no campo Peregrino, determinada pela ANP.
Panorama internacional
No exterior, os índices futuros de Nova York operavam mistos após dados de emprego privado da ADP nos EUA, que mostraram criação de 54 mil vagas em agosto, abaixo das 73 mil esperadas.
Na Ásia, os mercados encerraram em alta, impulsionados pela recuperação de ações de tecnologia em Wall Street. O Nikkei avançou 1,53%, enquanto o Hang Seng caiu 1,12%. Já na Europa, os principais índices abriram em terreno positivo, com o DAX (Alemanha) em alta de 0,70%.
As commodities também refletiram a volatilidade: o petróleo Brent recuava 1,46%, a US$ 66,61 o barril, enquanto o minério de ferro avançava 1,67% em Dalian, cotado a US$ 110,82.
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Investimento estrangeiro e Brasil
Outro destaque foi o estudo do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), que apontou que o investimento chinês no Brasil dobrou em 2024, somando US$ 4,2 bilhões. O país se tornou o terceiro principal destino mundial de capital chinês e o número 1 fora da Europa.
Segundo Uallace Moreira, do MDIC, o desafio é garantir que os investimentos avancem nas cadeias produtivas locais, gerando empregos e inovação.
Juros e moedas
No Brasil, os juros futuros (DIs) abriram a manhã em queda na maioria dos contratos: o DI para 2029 recuava para 13,29% ao ano.
Já o Banco Central divulgou a primeira parcial do PTAX, com compra a R$ 5,4548 e venda a R$ 5,4554.
Análise
Para Fábio Murad, CEO da SpaceMoney e criador do método Super ETF, momentos como este reforçam a importância da diversificação internacional:
“O investidor brasileiro precisa olhar além do Ibovespa. Enquanto aqui oscilamos por causa de commodities e juros, uma carteira dolarizada com ETFs globais garante renda em moeda forte e proteção contra a volatilidade local”, afirma Murad, no Plano de Ação Super ETF.
