A CSN (CSNA3) registrou prejuízo líquido de aproximadamente R$ 130 milhões no segundo trimestre de 2025. Isto representa queda de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida somou R$ 10,69 bilhões, recuando 1,7%. Este declínio ocorre em virtude do enfraquecimento na divisão de mineração e do menor volume de vendas de aço. O EBITDA ajustado foi de R$ 2,64 bilhões, com margem de 23,5%. Esse resultado ficou ligeiramente abaixo do patamar anterior, refletindo menor lucratividade na cadeia produtiva. Além disso, o cenário macro mostrou-se mais desafiador.
As vendas de minério de ferro totalizaram 11,8 milhões de toneladas. A princípio, o desempenho manteve-se estável em volume. No entanto, os resultados foram pressionados pela redução no preço de mercado. As exportações e volumes internos compensaram parcialmente a queda nos preços. Por outro lado, as vendas de aço recuaram 10%, totalizando 1,01 milhão de toneladas. Isto ocorreu principalmente devido à demanda enfraquecida e à maior concorrência.
A divisão de mineração enfrentou forte deterioração nos preços do minério, com queda na curva de preços de referência. Ao mesmo tempo, a divisão de aço manteve decisões estratégicas de disciplina comercial a fim de preservar margens. Os custos unitários permaneceram estáveis. Ainda assim, a combinação de menor receita e pressão sobre os custos reduziu a margem e o EBITDA consolidado.
O prejuízo no resultado líquido foi agravado pelo impacto negativo da variação cambial e despesas financeiras expressivas. Estes fatores pesaram significativamente no balanço da empresa. Além disso, a reversão de efeitos favoráveis de moeda no trimestre anterior também contribuiu para o resultado negativo.
Apesar dos desafios operacionais e do resultado fraco, a CSN busca compensar com iniciativas de contenção de custos. A empresa aposta, acima de tudo, no foco em eficiência produtiva e disciplina comercial. Essas medidas visam enfrentar a volatilidade do setor e buscar recuperação nos próximos trimestres.
Perspectivas futuras da CSN (CSNA3)
Analistas mantêm recomendação neutra para CSN, com preço‑alvo de R$ 9,50 para 12 meses. Isso aponta upside de cerca de 11% sobre o valor de mercado atual. Em outras palavras, a avaliação projeta leve retração no EBITDA consolidado, estimado em R$ 2,46 bilhões, com prejuízo líquido ao redor de R$ 270 milhões. Esse cenário deve-se principalmente à deterioração da mineração e à reversão de ganhos cambiais.
A expectativa é de recuperação gradual nas vendas de aço e estabilização dos preços do minério no terceiro semestre. Sem dúvida, essa projeção é influenciada por ajustes na oferta chinesa e por uma demanda global mais equilibrada. A CSN segue priorizando margens sobre volumes, com enfoque em eficiência operacional e controle de custos fixos.
Para investidores, a empresa continua vulnerável a choques de commodities e à oscilação do câmbio. Esses fatores impactam diretamente o resultado financeiro. Por fim, o monitoramento próximo de fatores como preço do minério, demanda global e política de preços será essencial nos próximos trimestres.