O BTG Pactual (BPAC11) reportou lucro líquido ajustado de R$ 4,18 bilhões no 2º trimestre de 2025. Este valor representa alta de 42% na base anual. Além disso, a receita atingiu R$ 8,29 bilhões. Sem dúvida, o resultado superou o consenso da LSEG para lucro (≈ R$ 3,63 bi) e para receita (≈ R$ 7,32 bi). O ROE ajustado subiu para 27,1% no período, enquanto o lucro contábil alcançou R$ 4,01 bilhões.
O banco encerrou junho com ativos totais de R$ 656,1 bilhões e índice de Basileia de 16,2%. No que se refere ao negócio de gestão, o Asset Management alcançou AUM/AuA de R$ 1,090 trilhão. Ao mesmo tempo, o Wealth Management registrou WuM de R$ 1,056 trilhão — somando R$ 2,15 trilhões em AuC no grupo.
Além disso, houve recordes de receita em Investment Banking (R$ 782 mi), Sales & Trading (R$ 1,913 bi) e Corporate Lending & Business Banking (R$ 2,107 bi). Não apenas isso, o trimestre também trouxe Net New Money de R$ 59 bi nas plataformas de Asset & Wealth, sustentando assim o ganho de escala.
A eficiência melhorou significativamente: o índice ajustado recuou a 35,6% e o LCR ficou em 170,1%. Em contrapartida, no campo estratégico, o banco anunciou a compra do HSBC Uruguai (sujeita a aprovações), reforçando desse modo a expansão regional.
Em resumo, o trimestre combinou crescimento robusto de receitas, rentabilidade recorde e captação líquida forte, em meio a um mercado ainda volátil. Por fim, a fotografia do 1º semestre aponta ROE de 25,1% e lucro ajustado acumulado de R$ 7,55 bi.
O que esperar para segundo semestre?
Atividade de mercado. Se M&A e DCM seguirem aquecidos, o banco tende a defender a tração de Investment Banking e trading. Com toda certeza, o 2T25 já mostrou reabertura saudável nessas frentes, o que sustenta a perspectiva operacional.
Fluxo e escala. A continuidade do Net New Money em Asset & Wealth constitui peça-chave. Sem dúvida, a captação positiva ajuda a blindar receitas recorrentes e dá alavanca de margens à medida que a base de clientes cresce.
Capital e eficiência. Com Basileia em 16,2% e eficiência em 35,6%, o foco é executar mantendo disciplina de custos e retorno elevado. Por outro lado, eventos societários (como o HSBC Uruguai) e a dinâmica de juros/câmbio podem adicionar upsides — ou exigir cautela tática.