
O Ibovespa encerrou o pregão em alta e permaneceu acima dos 162 mil pontos, sustentado pelo desempenho positivo de ações de bancos e empresas ligadas a commodities, em um dia marcado por ajustes de expectativas em relação à política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
O principal índice da bolsa brasileira avançou 1,24%, aos 162.757,79 pontos, segundo dados preliminares, renovando máximas intradiárias ao longo da sessão. O giro financeiro permaneceu elevado, refletindo maior participação de investidores institucionais.
Cenário externo influencia desempenho da bolsa
O movimento do mercado doméstico acompanhou a tendência observada nas bolsas internacionais. Em Nova York, os principais índices oscilaram ao longo do dia, com investidores à espera de novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e sinalizações adicionais do Federal Reserve sobre o ritmo de cortes de juros em 2026.
A cautela externa limitou movimentos mais intensos, mas não impediu a valorização dos ativos brasileiros, beneficiados por fluxo estrangeiro e expectativa de flexibilização monetária no cenário local.
Bancos lideram ganhos do índice
As ações dos grandes bancos figuraram entre as maiores altas do pregão. Os papéis do Bradesco (BBDC4) subiram 1,18%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) avançou 0,88%. Itaú Unibanco (ITUB4) teve valorização de 1,56%, e Santander Brasil (SANB11) registrou ganho de 2,03%.
O setor financeiro foi favorecido pela queda nos juros futuros ao longo da curva, movimento associado à leitura de desaceleração gradual da atividade econômica.
Vale e Petrobras operam sem direção única
Entre as blue chips, Vale (VALE3) encerrou o dia em alta de 1,09%, aos R$ 69,37, acompanhando a recuperação dos preços do minério de ferro no mercado internacional.
Já as ações da Petrobras apresentaram comportamento misto. Os papéis ordinários (PETR3) recuaram 0,27%, enquanto as preferenciais (PETR4) subiram 0,38%, refletindo oscilações nos preços do petróleo e ajustes técnicos após sessões anteriores de volatilidade.
Indústria e small caps acompanham movimento positivo
O índice de small caps avançou 0,68%, indicando recuperação de empresas de menor capitalização. Ações ligadas ao setor industrial também registraram ganhos, apesar de dados recentes apontarem perda de tração da atividade econômica.
Empresas como Embraer (EMBR3) alternaram entre altas e quedas ao longo do pregão, encerrando o dia com leve valorização.
Dólar fecha em alta moderada
No mercado de câmbio, o dólar comercial encerrou em alta de 0,23%, cotado a R$ 5,41, após oscilar entre mínimas e máximas ao longo do dia. O movimento refletiu tanto a valorização da moeda americana no exterior quanto ajustes técnicos no mercado local.
Apesar da alta pontual, analistas seguem atentos à trajetória do câmbio diante da expectativa de queda da Selic ao longo de 2026.
Juros futuros recuam com expectativa sobre política monetária
Os contratos de juros futuros fecharam em queda na maior parte da curva. O movimento foi impulsionado pela leitura de dados recentes de atividade econômica, que reforçam a percepção de desaceleração gradual, abrindo espaço para cortes de juros nos próximos trimestres.
A combinação de inflação em trajetória mais comportada e sinais de arrefecimento da economia segue no radar do mercado para as próximas decisões do Comitê de Política Monetária.
Investidores acompanham agenda econômica
O mercado segue atento à divulgação de indicadores econômicos no Brasil e no exterior, além de declarações de autoridades monetárias. Dados do mercado de trabalho norte-americano e novos números de atividade doméstica devem influenciar o comportamento dos ativos nos próximos pregões.
Com o fechamento desta sessão, o Ibovespa mantém desempenho positivo no acumulado da semana, sustentado por fluxo externo, expectativa de juros mais baixos e valorização seletiva de ações de maior peso no índice.