Pilha de notas de 100 dólares americanos empilhadas, destacando riqueza e finanças.
"Notas de 100 dólares empilhadas, símbolo de capital, investimentos e poder econômico."

Na segunda-feira (08), o dólar comercial fechou com variação de -0,6%, valendo R$5,4323, após ter começado o dia cotado a R$5,4642.

O dólar iniciou esta terça-feira (09) cotado a R$5,4322.

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Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – terça, 09 de dezembro 2025

Exterior

  • 07h55 – Zona do Euro – Discurso do Buch no BCE
  • 10h30 – EUA – Índice do Custo de Emprego (out)
  • 11h45 – Canadá – Decisão Taxa de Juros
  • 12h30 – EUA – Estoque de petróleo bruto (semanal)
  • 16h00 – EUA – Taxa alvo de fundos do Fed

Brasil

  • 05h00 – Fipe – Índice de preços ao consumidor (semanal)
  • 08h00 – FGV – Índice de preços ao consumidor (semanal)
  • 08h00 – FGV – IGP-M 1ª prévia (dez)
  • 09h00 – IBGE – Pesquisa INdustrial mensal Regional (out)
  • 10h00 – CNI – Indicadores industriais (out)
  • 11h30 – BC – oferta de até 50 mil contratos de swap cambial (US$2,5 bilhões), em rolagem

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na segunda-feira (08), o dólar fechou com variação de -0,2%, valendo R$5,4201, após ter começado o dia cotado a R$5,4322

O que influencia o dólar hoje

A terça-feira começa com os mercados globais em compasso de espera por dados de empregos e inflação nos Estados Unidos, além da decisão de juros no Brasil.

No exterior, tensões comerciais, declarações políticas e movimentos de grandes empresas de tecnologia ajudam a moldar o sentimento do investidor.

No Brasil, disputas políticas e expectativas sobre a Selic influenciam a volatilidade e o desempenho da bolsa e do câmbio.

JOLTs e FOMC no radar do mercado financeiro

Os mercados globais iniciaram esta terça-feira em compasso de espera pelos indicadores de emprego e inflação dos Estados Unidos. O relatório JOLTs deve ser um bom termômetro para as próximas decisões do Fed.

A possibilidade de cortes futuros nos juros americanos também entra no radar, embora os sinais recentes de desaceleração reduzam apostas mais agressivas. O cenário ainda é sensível, e qualquer dado acima ou abaixo das projeções pode alterar a precificação dos ativos.

O clima de incerteza se espalha entre Europa e Ásia, onde a agenda econômica também é fraca. A China adiciona volatilidade com indicadores mistos e preocupações sobre desaceleração industrial.

Tensões geopolíticas e comércio internacional

As relações entre Estados Unidos, China e México voltam ao centro das discussões e aumentam a aversão ao risco. A exigência de Washington para que a Nvidia limite o envio de chips avançados pressiona o setor tecnológico e reforça a disputa estratégica com Pequim. Esse movimento alimenta temores sobre restrições mais amplas no comércio global.

As declarações de Donald Trump sobre tarifas de 5% ao México reacendem preocupações protecionistas. Caso as medidas avancem, cadeias produtivas integradas podem sofrer impactos imediatos.

A Fitch Ratings alertou para um possível aumento do déficit fiscal americano em 2026, influenciado por cortes adicionais de impostos no plano econômico republicano. A deterioração fiscal preocupa investidores e pressiona yields de Treasuries.

Projeto do devedor contumaz pode caminhar na Câmara

O ambiente político doméstico segue influenciando o comportamento dos ativos brasileiros. A pré-candidatura de Flávio Bolsonaro reacendeu discussões sobre alianças e diretrizes econômicas para 2026. Esse movimento aumenta o ruído no mercado, especialmente em um momento de sensibilidade pré-eleitoral.

Declarações de Tarcísio de Freitas e Rogério Marinho reforçam as articulações internas do PL para a disputa presidencial. As negociações entre lideranças do partido geram especulação sobre possíveis alianças e impactos na política fiscal. O investidor reage a cada sinal de instabilidade ou mudança na correlação de forças políticas.

A agenda legislativa também entra em foco, especialmente com a expectativa de votação do PL do Devedor Contumaz. A proposta endurece regras contra sonegação e pode afetar setores específicos da economia. O resultado no Congresso deve influenciar a percepção fiscal e a arrecadação federal.

Afinal, quando devem começar os cortes na Selic?

Os juros futuros operam em queda antes da decisão do Copom, refletindo apostas divididas sobre o ritmo da política monetária. A dúvida recai sobre quando, de fato, o Copom optará por iniciar o ciclo de cortes de juros.

As falas recentes do ministro da Fazenda sobre “firmeza fiscal” ajudaram a reduzir pressões de curto prazo, mas não dissiparam dúvidas estruturais sobre o arcabouço. A percepção de consistência na execução das metas segue central para ancorar projeções de inflação.

O tom do comunicado pós-decisão pode definir a direção dos mercados nos próximos dias. Uma postura mais dura tende a afastar apostas de flexibilização monetária em janeiro. Por outro lado, qualquer sinal de suavização pode trazer alívio para ativos de renda variável.

Desempenho dos mercados e sentimento do investidor

O EWZ, principal ETF brasileiro listado em Nova York, abriu o dia em queda acompanhando o humor externo. A aversão ao risco global afeta diretamente o desempenho dos ativos no exterior. A reação moderada sugere que investidores aguardam definições de curto prazo.

O Ibovespa também deve enfrentar dificuldades para ganhar tração, pressionado por incertezas internas e externas. A combinação de agenda econômica fraca e ruídos políticos pode limitar a entrada de recursos estrangeiros nesta terça.

A sensibilidade dos investidores permanece elevada diante de possíveis surpresas. A médio prazo, a evolução fiscal e a estabilidade institucional continuarão determinando o ritmo dos ativos brasileiros.