
Na sexta-feira (05), o dólar comercial fechou com variação de 2,4%, valendo R$5,4400, após ter começado o dia cotado a R$5,3108.
O dólar iniciou esta segunda-feira (08) cotado a R$5,4642.
Acompanhe nossa análise diária.
Confira a cotação do dólar em tempo real
Agenda de hoje – segunda, 08 de dezembro 2025
Exterior
- 04h00 – Alemanha – Balança Comercial (out)
- 11h15 – Reino Unido – Discurso de Mann, membro do CPM do BoE
- 11h15 – Reino Unido – Discurso de Ramsden, membro do MPC
- 12h00 – EUA – Ofertas de Emprego JOLTs (out)
- 18h30 – EUA – Estoques de Petróleo Bruto (semanal)
- 22h30 – China – IPC (nov)
- 22h30 – China – IPP (anual)
Brasil
- 08h00 – FGV – IPC-S (semanal)
- 08h25 – BCB – Relatório Focus (semanal)
- 15h00 – Secex – Balança Comercial (semanal)
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na seta-feira (05), o dólar fechou com variação de 2,3%, valendo R$5,4322, após ter começado o dia cotado a R$5,3097
O que influencia o dólar hoje
A semana ganha força com a chamada Super Quarta, marcada por decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, também movimentará os mercados.
Além disso, serão divulgados o IPCA de novembro e importantes dados de atividade, como varejo e serviços no Brasil, bem como indicadores de emprego e comércio nos EUA e inflação na China.
O conjunto desses elementos define o rumo dos ativos nos próximos dias.
Aposta de cortes de juros pressiona dólar
Os futuros de Nova York operam mistos, com S&P 500 e Nasdaq em alta, enquanto o Dow Jones mostra estabilidade. O dólar recua com expectativas elevadas de corte de juros pelo Fed neste mês.
Ferramentas de mercado apontam 87% de chance de corte de 25 pontos-base, com juros projetados entre 3,75% e 4%. Esse cenário reforça a leitura de arrefecimento da economia americana.
Na Europa, as bolsas também reagem, com destaque para Frankfurt após alta inesperada da produção industrial alemã em outubro.
Apesar dos sinais de desaceleração do mercado de trabalho, economia americana segue em ritmo forte
Nos EUA, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, projeta crescimento econômico real de 3% para 2025. Analistas do First Abu Dhabi Bank projetam taxa-terminal do Fed em torno de 2% em 2026.
O governo americano avalia anunciar um pacote de US$12 bilhões para apoiar o agronegócio local, afetado pela queda dos preços das safras e pelas tarifas impostas por outros países. Esse movimento busca compensar perdas internas e reforçar apoio político ao setor rural.
No fronte geopolítico, ataques russos na Ucrânia e falas divergentes entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky adicionam tensão ao ambiente internacional.
Balança comercial chinesa com forte superávit e sinais de desaceleração econômica
O petróleo recua, com mercado avaliando oferta mais elevada no curto prazo e sinais mistos de demanda global. O dólar também perde força, refletindo expectativas sobre juros americanos.
Parte do arrefecimento das taxas de juros de longo prazo vem dos dados da balança comercial chinesa referentes ao mês de novembro.
Embora tenha sido registrado um importante superávit comercial, o resultado foi construído com base na redução relativa das importações, o que mantém viva a preocupação em relação ao ritmo de crescimento da economia asiática.
Cenário político traz volatilidade para o dólar
Os mercados locais devem iniciar o dia com possibilidade de correção após movimentos recentes. A entrevista de Flávio Bolsonaro reacendeu turbulências políticas e trouxe ruído ao Ibovespa.
O senador sinalizou que pode abrir mão da pré-candidatura à prefeitura de São Paulo, movimento interpretado como parte de negociações políticas envolvendo a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Isso elevou a volatilidade em dólar, juros e ações.
Mesmo assim, a alta das commodities e o cenário externo mais favorável podem sustentar parte dos ativos brasileiros.
Política e juros reconfiguram apostas do mercado
A rápida mudança no discurso político reforça a percepção de manobra eleitoral, gerando instabilidade no curto prazo. As declarações tiveram impacto direto no Ibovespa e no câmbio.
Ao mesmo tempo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que “o preço” para desistir seria o apoio integral à sua reeleição, ampliando especulações. Esse ambiente tende a influenciar as expectativas do mercado.
Com a Selic em 15% e possibilidade de corte de juros nos EUA, o cenário pode favorecer o real, a Bolsa e a entrada de capital externo, além de reduzir juros longos.