
O Ibovespa voltou a registrar recordes históricos ao longo da semana, superando 164 mil pontos e elevando o apetite por risco, enquanto investidores tentam entender onde ainda existem oportunidades após a forte arrancada do mercado brasileiro. O movimento coincide com o avanço também do Ibovespa futuro, que renovou máximas intradia e manteve viés comprador nos primeiros pregões de dezembro.
A combinação de otimismo local, fluxo estrangeiro e expectativas para 2026 reforçou um ambiente de volatilidade crescente, marcado por revisões de alvos e debates sobre assimetrias setoriais. Entre os especialistas, o consenso é que ainda existem brechas para captura de valor — mas com risco maior e necessidade de seleção mais criteriosa.
Mercado ao vivo: Ibovespa futuro mira novas faixas técnicas
De acordo com análise técnica do BTG Pactual, o Ibovespa futuro (WINZ25) segue sustentado acima das médias de 21 e 50 períodos, mesmo após sequência de altas. O índice opera na região dos 165 mil pontos, enquanto a antiga resistência dos 163 mil passou a atuar como suporte imediato para eventuais correções.
Os próximos objetivos técnicos, segundo o banco, permanecem em 166.245 e 169.870 pontos, desde que a pressão compradora se mantenha ativa. O IFR, porém, já indica sobrecompra, sugerindo perda de fôlego no curtíssimo prazo.
No câmbio, o dólar futuro (WDOF26) trabalha abaixo das principais médias e segue em tendência de baixa, mesmo oscilando próximo de R$ 5,34. A resistência em R$ 5,360 tem limitado avanços e reforça a predominância vendedora.
Especialistas projetam 2026: assimetrias, setores fortes e riscos eleitorais
Com o Ibovespa atingindo patamares inéditos, gestores e estrategistas reunidos no evento Onde Investir 2026 discutem quais setores podem ganhar tração no ano eleitoral e como calibrar risco após a forte valorização recente.
Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP, e Sara Delfim, sócia da Dahlia Capital, destacam que parte relevante da alta foi sustentada por fluxo consistente, mas ainda há espaço para empresas que ficaram para trás na corrida de 2025. A leitura macro, o humor dos balanços e o ritmo do crédito devem moldar a performance dos setores mais sensíveis.
Apesar do otimismo, o consenso é que a seleção será decisiva: múltiplas empresas negociam perto de máximas históricas, enquanto outras seguem com descontos relevantes após ciclos de desaceleração.
Giro dos investidores: de swing trades a operações táticas
O BTG renovou sua carteira de swing trade com novas recomendações, incluindo BBSE3, FLRY3 e YDUQ3, todas em estruturas de alta. A estratégia busca capturar movimentos de curto e médio prazo, diferente do day trade, e tem ganhado adesão de investidores que tentam aproveitar a volatilidade ampliada.
Ao mesmo tempo, ativos como WEGE3, HYPE3 e CAML3 permanecem em operações ativas, reforçando o interesse por setores defensivos e empresas com fundamentos mais estáveis neste fim de ciclo.
Entre euforia e cautela: o investidor enfrenta um ciclo diferente
Com a Bolsa acelerando em ritmo incomum, cresce o debate sobre o quanto a valorização atual embute expectativas exageradas. Analistas alertam que a combinação de juros em queda, câmbio volátil e ruídos fiscais deve intensificar movimentos abruptos.
É nesse contexto que parte do mercado lembra a importância da diversificação. Como costuma dizer Fábio Murad, CEO da SpaceMoney, “é melhor ETFs do que tentar encontrar a próxima ação que vai subir”, reforçando a visão de que ciclos de euforia são ambientes propícios para erros de seleção.
O que esperar daqui para frente
A reta final de 2025 e o início de 2026 devem ser marcados por revisões de consenso, debates sobre juros globais e volatilidade eleitoral doméstica. Para os especialistas, a Bolsa ainda pode buscar novas máximas, mas a capacidade de cada investidor de equilibrar risco e disciplina pode ser decisiva para atravessar o ano sem sobressaltos.
A mensagem comum entre gestores e analistas é clara: há oportunidades — mas elas exigem método, cautela e visão de longo prazo.
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