Dólar Hoje: Caged pode ajudar a ditar o rumo da política monetária brasileira 

Na quarta-feira (26), o dólar comercial fechou com variação de -0,8%, valendo R$5,3322, após ter começado o dia cotado a R$5,3761.

O dólar iniciou esta quinta-feira (27) cotado a R$5,3388.

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Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – quinta, 27 de novembro de 2025

Exterior

  • 04h00 – Alemanha – Índice de confiança do consumidor (dez)
  • 07h00 – Zona do Euro – índice de sentimento econômico europeu (nov)
  • 09h30 – Banco Central Europeu – Ata da última decisão de política monetária
  • 13h00 Reino Unido – Dirigente do BoE, Megan Greene participa da conferência Goodbody Annual Equity
  • Dia todo – EUA – Feriado de Ação de Graças

Brasil

  • 08h00 – FGV – IGP-M (nov)
  • 08h00 – FGV – Sondagem do comércio (nov)
  • 08h00 – FGV – Sondagem de serviços (nov)
  • 14h30 – Tesouro Nacional – Relatório Mensal da Dívida (out)
  • 14h30 – MTE – Caged (out)
  • 15h00 – Presidente do BC, Gabriel Galípolo, participa de evento da Itaú Asset com transmissão online
  • 18h30 – Diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, participa de evento da FGV em São Paulo

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na quarta-feira (26), o dólar comercial fechou com variação de -0,8%, valendo R$5,3340, após ter começado o dia cotado a R$5,3755.

O que influencia o dólar hoje

Os mercados iniciam o dia com liquidez reduzida devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA. Na Europa, a divulgação da ata do BCE é o principal foco. No Brasil, os destaques são o Caged e o Relatório Mensal da Dívida.

Também ganham tração falas de Galípolo e Guillen, que podem influenciar as expectativas sobre juros. No exterior, investidores monitoram as negociações sobre um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia. A libra avança após reação ao orçamento britânico.

A decisão do Banco da Coreia do Sul de manter juros estáveis também movimenta os mercados asiáticos. Fitch avalia que o pacote fiscal do Japão pode elevar o risco para o rating do país.

Ata do Banco Central Europeu pode fornecer pistas sobre o futuro da política monetária na Europa

As bolsas europeias iniciam o dia com sinal misto, influenciadas pela expectativa da ata do Banco Central Europeu. A leitura do documento deve orientar apostas sobre o ritmo de juros na região.

A liquidez global permanece reduzida por causa do feriado de Ação de Graças, o que limita movimentos mais amplos. Investidores operam com menor apetite por risco.

O mercado também acompanha o desempenho das moedas, com a libra estendendo ganhos após reação positiva ao orçamento britânico.

Desdobramentos da guerra na Ucrânia e imbróglio japonês também estão sendo observados

As negociações entre Rússia e Ucrânia continuam no foco, com o mercado monitorando possíveis avanços diplomáticos. O tema segue sensível e com potencial impacto sobre commodities.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que aliados europeus exigem garantias de segurança antes de qualquer acordo. A fala aumenta a incerteza geopolítica, uma vez que representantes dos EUA dizem que não haverá garantia de segurança à Ucrânia antes de um acordo.

A Fitch avalia que o novo pacote fiscal do Japão pode elevar o risco para o rating do país, sinalizando maior percepção de fragilidade fiscal e monetária.

Caged deve registrar a criação líquida de 120 mil novos postos de trabalho em outubro

Sem a influência de Nova York, os investidores no Brasil concentram atenção nos dados locais. O Caged deve mostrar criação líquida de cerca de 120 mil vagas em outubro, segundo projeções do mercado financeiro.

O dado contrasta com o forte saldo de 213 mil vagas registrado no mês anterior. Se as projeções se materializarem, haverá renovação da percepção de acomodação no mercado de trabalho doméstico. Isso reforça discussões sobre o impacto da política monetária.

Os números do emprego são fundamentais para calibrar apostas sobre a trajetória da Selic nos próximos meses.

Falas de diretores do BC podem impactar expectativas locais

Os comentários de Gabriel Galípolo e Diogo Guillen têm potencial para orientar expectativas sobre o rumo da política monetária. O mercado busca pistas sobre o início do ciclo de cortes.

Nilton David, diretor de Política Monetária, reforçou que as próximas decisões dependerão de dados e não apenas de projeções. A avaliação afeta as curvas de juros curtas.

A percepção de que o ciclo de afrouxamento só começará em janeiro mantém o tom mais cauteloso no mercado local.

H2: Acordo Mercosul-União Europeia avança diante dos riscos do comércio global.

O embaixador do Brasil na França, Ricardo Neiva Tavares, afirmou que o acordo Mercosul–União Europeia está próximo da conclusão. O anúncio reforça expectativas de avanço comercial.

A previsão é que o entendimento seja fechado até dezembro, após etapas finais de negociação. O acordo é visto como estratégico para a indústria exportadora.

A notícia pode influenciar o mercado de câmbio e setores que dependem fortemente de acesso preferencial ao mercado europeu.