Dólar Hoje: Semana com feriado nos EUA e mais uma bateria de indicadores

Na sexta-feira (21), o dólar comercial fechou com variação de 1,4%, valendo R$5,4033, após ter começado o dia cotado a R$5,3308.

O dólar iniciou esta segunda-feira (24) cotado a R$5,4038.

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Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – segunda, 24 de novembro de 2025

Exterior

  • 06h00 – Alemanha – Expectativas de negócios (nov)
  • 09h00 – México – Índice quinzenal de preços ao consumidor (nov)
  • 09h15 – EUA – Produção industrial (out)
  • 10h30 – EUA – Índice de atividade Nacional (out)

Brasil

  • 08h00 – FGV – índice de preços ao consumidor (semanal)
  • 08h00 – FGV – Sondagem do consumidor (nov)
  • 08h25 – Banco Central – Boletim Focus (semanal)
  • 10h00 – CNI – Sondagem industrial (nov)
  • 15h00 – Secex – Balança comercial (semanal)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na sexta-feira (21), o dólar comercial fechou com variação de 1,2%, valendo R$5,4004, após ter começado o dia cotado a R$5,3374.

O que influencia o dólar hoje

A última semana de novembro inicia com forte repercussão política no Brasil após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e com expectativa pelos dados de arrecadação federal.

Nos EUA, a agenda é marcada pelo feriado de Ação de Graças e por indicadores importantes de inflação, consumo e emprego.

No mercado doméstico, investidores esperam por dados de inflação, como o IPCA-15, e o discurso do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que discursará nesta segunda em evento da Febraban.

Mercado global à espera de novos dados dos EUA

Os futuros de Nova York operam em alta após uma semana volátil, em meio à espera de sinais do varejo americano antes do Black Friday.

Na Europa, as bolsas acompanham o viés positivo vindo dos EUA, embora Milão recuasse pressionada pela situação do conglomerado Leonardo, mesmo após a Moody’s elevar o rating da Itália.

O índice DXY do dólar recua diante da libra enfraquecida pela inflação no Reino Unido, que desacelerou mais do que o previsto.

Política monetária nos EUA e política fiscal na Europa

Os Treasuries curtos sobem após fala da presidente do Fed de Boston, Susan Collins, reforçando que não há urgência em cortar juros e expondo divergências internas no banco central americano. Começamos esta semana como encerramos a anterior: não há nenhuma garantia de que o Fed realizará um novo corte de juros no mês que vem.

Na Europa, o ministro das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, anunciou 15 bilhões de libras em gastos extras, gerando cautela fiscal. Os países da Europa mudam suas posturas lentamente diante de um quadro de estagnação.

No campo geopolítico, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky espera que o ultimato dos EUA produza avanços diplomáticos em negociações de paz com a Rússia.

Taxas de juros futuros podem suavizar o mercado cambial depois da forte valorização do dólar na última sexta

O Ibovespa pode se beneficiar do exterior mais positivo e da alta do minério, embora a queda do petróleo tenda a limitar os ganhos.

Os juros futuros recuam após queda de 1,18% nos Treasuries na sexta-feira, refletindo alívio parcial no prêmio de risco.

Leilões do Tesouro no Brasil, incluindo prefixados e NTN-Bs, devem melhorar a liquidez do mercado e influenciar o câmbio.

Riscos de contágio após liquidação do Banco Master continuam trazendo volatilidade

Investidores seguem atentos aos impactos da liquidação do Banco Master e aos riscos de contágio no setor financeiro.

XP, BTG Pactual e Nubank estavam entre as instituições que distribuíram CDBs do Master, contribuindo para maior sensibilidade do mercado.

No ambiente corporativo, o Grupo São Martinho anuncia operação bilionária na área de fertilizantes, aumentando o fluxo de notícias para o dia. Parte importante da explicação para o volume significativo de recuperações judiciais no agro vem do aumento dos custos de operação, entre os quais destaca-se o aumento dos fertilizantes, em alta expressiva desde 2022.

Fiscal, arrecadação e agenda internacional

Dados preliminares indicam arrecadação federal de R$264,5 bilhões em outubro, de acordo com Projeções coletadas pelo Broadcast.

O mercado espera por um superávit bastante expressivo em outubro, o que deve diminuir as tensões de curto prazo das contas públicas.

Na agenda externa, Lula participa da Cúpula do G20 em Joanesburgo, discutindo investimentos e estratégias para fortalecer a competitividade de minerais críticos brasileiros.