
O avanço dos Multi Family Offices e modelos de Wealth Service está transformando a forma como profissionais do mercado financeiro atuam no Brasil. O número de estruturas independentes cresceu 46% nos últimos 3 anos, com aumento expressivo de planejadores e assessores que buscam mais autonomia e transparência nas relações com seus clientes. Nesse formato, o profissional tem liberdade para atuar com arquitetura aberta, acessando produtos de diferentes bancos e corretoras, sem conflito de interesses e sem depender de metas institucionais.
De acordo com Gustavo Assis, CEO da Asset Bank, no Multi-family Offices e no Wealth Service, o consultor é livre para oferecer os ativos que têm a ver com o perfil do seu cliente, sem se preocupar com comissões. “O ambiente de atendimento passa por um novo ciclo, que é a transição da assessoria para a consultoria. Hoje o foco está em entender o cliente em profundidade, oferecer o que realmente entrega o resultado que ele busca, dentro do perfil e do nível de liquidez que ele deseja. Não se trata de levar um produto, e sim de construir uma estratégia de investimentos que faça sentido para cada pessoa”, explica Assis.
Rebate de até 70% da receita
O impacto é direto na rentabilidade e na fidelização do cliente, já que carteiras estruturadas de forma independente podem apresentar performance de mais de 40% em comparação aos modelos vinculados. “O assessor que antes era vinculado a uma corretora agora passa a atuar como consultor independente, podendo usar diferentes instituições financeiras e sempre com o cliente no centro da decisão. Esse formato garante mais transparência, mais liberdade e uma remuneração muito mais alinhada com o valor que ele gera”, afirma Gustavo Assis, CEO da Asset Bank.
No modelo tradicional de Assessoria de Investimentos (AI), o repasse médio gira em torno de 33% da receita gerada, o que limita significativamente o potencial de ganho do profissional. Já nos modelos Fee Fixo ou Fee Based, o rebate pode chegar a 70% da receita, além de contar com suporte completo de backoffice, gestão jurídica, contábil, tributária e sucessória, e acesso direto às principais plataformas do mercado. A comparação entre os modelos mostra o tamanho da transformação.
Aumento na remuneração
Com uma carteira de R$ 10 milhões, por exemplo, um agente autônomo que antes recebia cerca de R$ 35 mil ao ano (0,35%), pode passar a ganhar R$ 100 mil anual, ou seja, 1% do total. O salto representa um aumento aproximado de até 185% na remuneração, mesmo com a mesma base de clientes.
O impacto da mudança é real no médio e longo prazo, tanto que muitas corretoras já implantaram o fee fixo ou Fee Based para não perder clientes. Mas, para o Banker, a remuneração segue igual ao modelo de assessoria, sem ganho proporcional. “No Wealth Service, o consultor pode escalar sua operação com liberdade e justiça, deixando de ser apenas um intermediário e passa a ser um verdadeiro gestor de patrimônio”, complementa Assis.