
A Petrobras (PETR3; PETR4) aprovou o pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos intercalares, equivalentes a R$ 0,9432 por ação ordinária e preferencial, segundo comunicado divulgado nesta quinta-feira (6). O anúncio foi feito junto à divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025.
Política de remuneração e endividamento
O pagamento está alinhado à política de remuneração aos acionistas da estatal, que prevê a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre sempre que o endividamento bruto estiver em nível igual ou inferior ao limite de US$ 75 bilhões, conforme o Plano Estratégico vigente.
A Petrobras destacou que essa distribuição é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia, mantendo equilíbrio entre retorno aos acionistas e capacidade de investimento.
Pagamentos em duas parcelas
Os dividendos serão pagos em duas parcelas, previstas para os meses de fevereiro e março de 2026.
Confira o cronograma:
- Primeira parcela: R$ 0,4716 por ação — pagamento em 20 de fevereiro de 2026;
- Segunda parcela: R$ 0,4716 por ação — pagamento em 20 de março de 2026.
Terão direito aos proventos os acionistas com posição registrada em 22 de dezembro de 2025. As ações da Petrobras passam a ser negociadas ex-dividendos a partir de 23 de dezembro na B3.
ADRs e record dates
Para os detentores de ADRs (recibos de ações negociados nos EUA), a record date será 26 de dezembro de 2025, com os pagamentos previstos para 27 de fevereiro e 27 de março de 2026, respectivamente.
A estatal informou ainda que a definição sobre a forma de distribuição — se sob a forma de dividendos e/ou juros sobre capital próprio (JCP) — ocorrerá até 11 de dezembro de 2025.
Contexto e desempenho recente
O anúncio reforça a política de retorno ao acionista da Petrobras, uma das mais agressivas entre as grandes petroleiras do mundo. Mesmo com volatilidade no preço do petróleo e debates sobre investimentos futuros, a estatal tem mantido distribuições bilionárias de proventos desde 2021.
Especialistas avaliam que a empresa segue beneficiada pelo elevado fluxo de caixa operacional e pela disciplina financeira nos últimos trimestres, o que sustenta a política de dividendos consistentes.