Dólar hoje

Na segunda-feira (03), o dólar comercial fechou com variação de -0,4%, valendo R$5,3573, após ter começado o dia cotado a R$5,3762.

O dólar iniciou esta terça-feira (04) cotado a R$5,3578.

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Agenda de hoje – terça, 04 de novembro de 2025

Exterior

  • 00h30 – Austrália – Decisão de política monetária
  • 04h40 – Bulgária – Presidente do BCE, Christine Lagarde discursa em evento do Banco Nacional da Bulgária
  • 08h35 – EUA – Vice-presidente de Supervisão do Fed, Michelle Bowman participa da Conferência Bancária Internacional do Santander
  • 20h50 – Japão – BoJ publica ata da penúltima reunião de política monetária
  • 22h45 – China – Índice PMI composto (out)

Brasil

  • 05h00 – Fipe: Índice de preços ao consumidor (semanal)
  • 08h00 – FGV: IPC-S Capitais (semanal)
  • 09h00 – IBGE: Produção industrial (set)
  • 09h00 – Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do Bloomberg Green Summit
  • 11h30 – BC: oferta de até 45 mil contratos de swap cambial (US$2,25 bilhões), em rolagem

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na segunda-feira (03), o dólar comercial fechou com variação de -0,01%, valendo R$5,3792, após ter começado o dia cotado a R$5,3798.

O que influencia o dólar hoje

O cenário econômico segue marcado por um ambiente de cautela, tanto no Brasil quanto no exterior. A combinação de incertezas fiscais internas e dúvidas sobre o rumo dos juros globais tem gerado volatilidade nos mercados. No Brasil, nem a Selic freia o Ibovespa, que quebrou um novo recorde nesta segunda.

No exterior, a manutenção do shutdown nos Estados Unidos e as discussões sobre a trajetória dos juros influenciam diretamente o apetite ao risco. A perspectiva de desaceleração econômica global adiciona um elemento de prudência aos agentes financeiros. Apesar disso, o DXY mostra que o dólar tem recuperado parte do terreno perdido ao longo dos últimos meses.

A conjuntura indica que o equilíbrio entre estabilidade fiscal, crédito e crescimento continuará sendo o principal desafio. Tanto o Banco Central brasileiro quanto o Federal Reserve desempenham papel central na calibragem das condições financeiras e na preservação da confiança dos mercados.

Para onde ruma a produção industrial nacional?

Os investidores acompanham de perto a expectativa de divulgação dos dados da produção industrial de setembro. Após sinais mistos nos meses anteriores, o resultado será fundamental para avaliar o ritmo de recuperação da atividade. 

A trajetória do setor depende, em grande parte, do ambiente de crédito e da estabilidade cambial. O enfraquecimento das exportações e a volatilidade nos preços das commodities também afetam segmentos industriais relevantes. 

Além dos fatores conjunturais, o desempenho industrial está relacionado à competitividade estrutural do país. O Copom está de olho no resultado depois que o Caged endossou a resiliência do mercado de trabalho.

E os juros? Copom decide essa semana

O debate sobre juros segue como foco central das decisões econômicas. Nos Estados Unidos, membros do Federal Reserve têm sinalizado que, embora a paralisação do governo afete dados conjunturais, a política monetária permanece “moderadamente restritiva”. Essa posição reforça a ideia de que cortes de juros devem ocorrer de forma gradual e dependente dos dados de inflação.

No Brasil, o mercado monitora a comunicação do Banco Central para identificar se o ciclo de flexibilização da Selic começará no primeiro trimestre de 2026. A percepção de que a inflação segue controlada, aliada à estabilidade cambial, poderia permitir cortes sem comprometer a credibilidade monetária.

A dinâmica dos juros no Brasil também é afetada pelo cenário externo. Quedas nos rendimentos dos Treasuries podem favorecer a entrada de capital estrangeiro e aliviar o câmbio, criando condições mais favoráveis à política monetária doméstica.

Fiscal ainda preocupa

A pauta fiscal segue no centro das discussões econômicas, com foco na meta de resultado primário de 2026. O governo busca ampliar a arrecadação e conter despesas para garantir a sustentabilidade das contas públicas. A aprovação do projeto que regula a taxação de apostas e eleva a CSLL é vista como um passo relevante nesse sentido.

O relator da proposta, senador Eduardo Braga, estima uma arrecadação potencial de até R$18 bilhões entre 2026 e 2028. Ainda que positiva, essa medida isolada não elimina a necessidade de controle de gastos e de uma estratégia mais ampla de consolidação fiscal.

A previsibilidade da política fiscal é um elemento-chave para atrair capital produtivo e reduzir o custo de financiamento do governo. 

Ibovespa segue quebrando recordes

O mercado acionário brasileiro segue em destaque após o Ibovespa atingir novo recorde histórico, superando 150 mil pontos. O desempenho foi impulsionado por ganhos em Nova York e pela expectativa de início do ciclo de corte de juros no Brasil.

A valorização recente do Ibovespa reflete um otimismo cauteloso. Investidores têm reagido positivamente à tramitação de medidas fiscais no Congresso, como a taxação de apostas e a elevação da CSLL de instituições financeiras. Essas propostas são interpretadas como sinais de responsabilidade fiscal e podem contribuir para reduzir a percepção de risco.

Ainda assim, a volatilidade das commodities — especialmente petróleo e minério de ferro — tende a influenciar o desempenho das ações ligadas a esses setores. O comportamento da B3 nos próximos pregões dependerá do balanço entre fatores externos e domésticos, além da leitura dos novos indicadores industriais.

Cenário global inspira cuidados

No ambiente internacional, os mercados seguem pressionados por incertezas quanto aos juros nos Estados Unidos e pela continuidade do shutdown do governo Trump, que já ultrapassa 35 dias..

A queda recente das ações da Palantir Technologies e da Telefónica ilustra a sensibilidade do mercado a choques de confiança e desaceleração global. Ao mesmo tempo, o recuo dos rendimentos dos Treasuries tem limitado parte das perdas, reforçando a busca por ativos considerados mais seguros. Essa combinação tem mantido o dólar valorizado e elevado a percepção de risco.

Para o Brasil, o cenário externo misto impõe desafios à balança comercial e à atratividade dos investimentos estrangeiros. Apesar dos riscos, o país segue na rota dos investidores internacionais como um dos destinos mais rentáveis e seguros do mundo.