dólar
Dolar-Moeda estrangeira

Na sexta-feira (24), o dólar comercial fechou com variação de 0,2%, valendo R$5,3904, após ter começado o dia cotado a R$5,3804.

O dólar iniciou esta segunda-feira (27) cotado a R$5,3909.

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Confira a cotação do dólar em tempo real

Agenda de hoje – segunda, 27 de outubro de 2025

Exterior

  • 05h00 – Alemanha – Índice de sentimento das empresas (out)
  • 06h15 – Itália – Dirigentes do BCE, Frank Elderson e Anneli Tuominen discursa em evento sobre governança bancária
  • Dia todo – Coréia do Sul – Cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec)

Brasil

  • 05h00 – Fipe: Índice de preços ao consumidor (semanal)
  • 08h00 – FGV: Sondagem do consumidor (out)
  • 08h25 – Bacen: Boletim Focus (semanal)
  • 10h00 – CNI: Sondagem da indústria da construção (out)
  • 15h00 – Secex: Balança comercial (semanal)

Desempenho das moedas na sessão anterior

Na sexta-feira (24), o dólar comercial fechou com variação de 0,1%, valendo R$5,3915, após ter começado o dia cotado a R$5,3976.

O que influencia o dólar hoje

Os mercados globais começam a semana em tom positivo, impulsionados pela expectativa de corte de juros nos EUA e pela aproximação diplomática entre Brasil e Estados Unidos.

O encontro entre Lula e Donald Trump, durante a cúpula da Apec, ganhou destaque e trouxe sinalizações de diálogo sobre tarifas e comércio internacional.

Com o cenário externo mais favorável e os indicadores locais apontando estabilidade, o sentimento de mercado é de otimismo moderado, sustentado também pelos balanços das grandes empresas globais.

CPI ligeiramente abaixo do esperado influencia apetite do mercado

A inflação ao consumidor (CPI) dos EUA reforçou apostas de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima reunião, levando os índices futuros de Nova York a subirem mais de 1%.

O movimento impulsionou o apetite por risco e elevou Wall Street a novos recordes, em meio à expectativa de uma postura mais flexível do Fed.

Os rendimentos dos Treasuries recuaram, e o dólar perdeu força frente a outras moedas, refletindo o alívio das pressões inflacionárias e o ambiente mais benigno para ativos de risco.

Mais negociações comerciais também contribuem para o otimismo cauteloso

Nos bastidores da cúpula asiática, o presidente americano Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping discutem o avanço das negociações bilaterais.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que tarifas sobre produtos chineses seguem em revisão, enquanto Pequim busca ampliar exportações de commodities agrícolas.

Trump também sinalizou uma possível visita a Pequim no início de 2026, gesto interpretado como tentativa de reaproximação econômica entre as duas maiores potências globais.

Em meio a tudo isso, o Brasil

O primeiro encontro entre Lula e Trump foi classificado pelo presidente brasileiro como “surpreendentemente bom” e animou investidores.

Segundo o chanceler Mauro Vieira, os dois países concordaram em iniciar negociações comerciais imediatas, com foco em tarifas e cooperação energética.

O principal ETF brasileiro em Nova York (EWZ) subiu cerca de 1,5% no pré-mercado, refletindo o otimismo com o diálogo e a possibilidade de redução de barreiras tarifárias impostas pelos EUA.

Cenário doméstico relativamente positivo

No Brasil, a reunião internacional coincidiu com a divulgação de novos dados econômicos e fiscais, reforçando o sentimento de estabilidade.

A Petrobras anunciou alta de 16,9% na produção do 3º trimestre, impulsionando ações do setor e contribuindo para o desempenho positivo do Ibovespa.

Ao mesmo tempo, o governo informou um bom comportamento das receitas administradas pela RFB, afastando, ao menos por ora, riscos fiscais adicionais, oriundo da perda de ritmo da atividade econômica.

Perspectivas para o câmbio e commodities

A valorização do real e o avanço do minério de ferro e do petróleo reforçam o ambiente favorável aos ativos brasileiros nesta segunda.

O Banco Central mantém a atuação no mercado cambial, com leilão de swap reverso e venda de dólar à vista de até US$1 bilhão para suavizar oscilações.

Com a melhora das condições externas e diplomáticas, o Brasil se beneficia do momento global mais otimista, ainda que o cenário fiscal siga exigindo cautela dos investidores.