Na quarta-feira (22), o dólar comercial fechou com variação de 0,3%, valendo R$5,4012, após ter começado o dia cotado a R$5,3864.
O dólar iniciou esta quinta-feira (23) cotado a R$5,3983.
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Agenda de hoje – quinta, 23 de outubro de 2025
Exterior
- 08h00 – Turquia – Decisão e política monetária
- 09h30 – EUA – Índice de atividade nacional (set)
- 11h00 – EUA – venda de casas usadas (set)
- 21h30 – Japão – Índice PMI composto (out)
Brasil
- 08h00 – FGV: Índice de preços ao consumidor (semanal)
- 10h30 – Receita Federal: Arrecadação Federal (set)
- 11h30 – BC: oferta de até 40 mil contratos de swap cambial (US$2 bilhões), em rolagem
Desempenho das moedas na sessão anterior
Na quarta-feira (22), o dólar comercial fechou com variação de 0,1%, valendo R$5,3963, após ter começado o dia cotado a R$5,3894.
O que influencia o dólar hoje
O mercado global começa o dia dividido entre preocupações geopolíticas e sinais positivos na economia brasileira. As sanções dos EUA contra a Rússia elevaram o preço do petróleo, mas o otimismo com a inflação doméstica e o real sustenta o humor local.
Enquanto investidores aguardam novos balanços corporativos e negociações fiscais no Brasil, o foco internacional segue sobre o encontro entre EUA e China. A expectativa é de que o diálogo reduza tensões comerciais.
No cenário doméstico, os juros futuros e a arrecadação federal também atraem atenção, com o Banco Central reforçando o compromisso com o controle inflacionário.
Novas sanções geopolíticas fazem o preço do petróleo disparar
O petróleo avançou mais de 5% após os EUA anunciarem sanções contra as petroleiras russas Rosneft e Lukoil, ampliando preocupações com a oferta global de energia.
A medida pressiona os preços internacionais e reacende temores de escassez, em um momento de desaceleração econômica global. A Rússia classificou as sanções como “ato hostil”, prometendo retaliações diplomáticas.
Analistas avaliam que a alta do petróleo pode reacender o debate sobre inflação energética e limitar a capacidade de cortes de juros por bancos centrais ao redor do mundo.
Brasil e Indonésia assinam acordos bilaterais em setores-chave
Os governos de Brasil e Indonésia confirmaram ontem um acordo para ampliar o comércio bilateral até 2030, com novas possibilidades em áreas como tecnologia, mineração e energia.
O Brasil vê na Indonésia um mercado estratégico para diversificar exportações e reduzir a dependência de mercados tradicionais.
Esta parceria pode fortalecer o papel brasileiro no comércio global — e influenciar câmbio, fluxos de capital e setores exportadores no país.
Expectativas sobre EUA e China
Os investidores acompanham o encontro entre EUA e China, que pode trazer sinais de reaproximação comercial. O vice-premiê chinês He Lifeng se reunirá com o secretário do Tesouro americano para discutir tarifas e fluxos de investimento.
A reunião ocorre às vésperas da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), que deve reforçar o papel da Ásia na geopolítica global.
Apesar das tensões, o mercado mantém otimismo cauteloso de que um acordo parcial possa estabilizar o comércio global e aliviar pressões sobre cadeias produtivas.
Mercados financeiros internacionais
Os futuros das bolsas de Nova York e os mercados europeus operam sem direção única, após resultados fracos de gigantes como Tesla e IBM.
Os rendimentos dos Treasuries interrompem três dias de alta, com investidores avaliando dados econômicos e o impasse sobre o orçamento americano, que já dura 23 dias.
A paralisação do governo dos EUA segue no radar político e preocupa investidores, embora líderes no Congresso esperem uma solução até o fim do mês.
Política monetária e diplomacia brasileiras
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a inflação permanece acima da meta e exige cautela na condução da política monetária.
Durante o Fórum Econômico Indonésia-Brasil, Lula defendeu o uso de moedas nacionais no comércio bilateral e confirmou sua intenção de disputar um quarto mandato em 2026.
Os temas fiscais, diplomáticos e eleitorais seguem entrelaçados, compondo um cenário onde a política econômica e a agenda externa continuam ditando o ritmo dos mercados.